Segundo a Associação Brasileira de Educação Bilíngue (ABEBI), o Brasil possui mais de 1.200 escolas com ensino bilíngue em todo o país, com um crescimento de 10% em um período de cinco anos. Só em 2023, houve um aumento de 64% na procura por modelos de ensino com segundo idioma, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). .
Para Renata Sa Freire, diretora e fundadora da escola Global eu , cada vez mais famílias brasileiras procuram instituições com currículo único e integrado, ensinado em dois idiomas: “Isso tem como foco o desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas do aluno, o que está dentro das exigências de muitos pais hoje. Quanto mais precoce for o contato com a língua estrangeira, maior será a exposição e, consequentemente, mais rápida será a aquisição”. .
Em seus 20 anos de existência, a Global Me já teve mais de 4 mil alunos que passaram pela educação bilíngue na educação infantil. No ano passado, o âmbito do projeto foi alargado aos primeiros anos do ensino básico, pelos quais já passaram cerca de 80 alunos, entre 1.º, 2.º e 3.º anos.
“Ao longo de todos esses anos, acreditamos no impacto que a educação bilíngue tem na vida dos alunos. Acompanhamos essa transformação que só tende a crescer no país e entendemos que as crianças são protagonistas do processo de aprendizagem, trazendo a língua inglesa como imersão. Nossa equipe se comunica o tempo todo em inglês, não só com as crianças, mas também entre si. Dessa forma, os alunos vivenciam o idioma de forma plena no contexto escolar”, complementa Renata. .
Em outro momento de imersão, a diretora conta que as situações pedagógicas propostas pelos professores são baseadas em temas pelos quais as próprias crianças demonstram interesse e costumam trazer à tona situações do cotidiano, o que torna o aprendizado ainda maior. Por exemplo, durante as aulas de culinária e no processo, as crianças podem escolher e criar a lista de ingredientes em inglês. .
“Existem inúmeras formas de trazer a educação bilíngue de forma mais viva para a rotina dos alunos e vejo que isso está sendo percebido pelas escolas. Mesmo em tenra idade, as crianças adquirem pronúncia e fluência com mais facilidade, e todo o processo de aprendizagem se torna mais agradável. Além disso, as crianças também desenvolvem habilidades cognitivas que não são encontradas nos monolíngues e possuem mais agilidade e flexibilidade no raciocínio, o que potencializa sua capacidade criativa”, destaca Freire. .
Renata destaca que, aliada à experiência de duas décadas na educação, o compromisso continua firme para os próximos anos, indo além da educação bilíngue, oferecendo todos os meios para que o aluno se autoconhecesse e aprenda a reconhecer e lidar com suas emoções , frustrações, talentos, capacidades e desejos. Além disso, um espaço que estimule a criatividade e a colaboração, como parques infantis, contacto com a natureza, alimentação e atividades desportivas, são outros contextos importantes neste processo. .
“Hoje o mundo exige que sejamos globais e, por isso, é muito importante formar pessoas capazes de se expressarem numa linguagem que seja compreendida em qualquer lugar. Mesmo na educação infantil, o bilinguismo permite que o aluno desde muito cedo exerça seu poder de comunicação e diálogo, desenvolvendo o pensamento crítico, a autonomia intelectual, a flexibilidade e o preparo emocional para explorar o mundo em busca de conhecimento”, finaliza a diretora.
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