O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, suavizou nesta quarta-feira as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o processo eleitoral na Venezuela. Na terça-feira, Lula disse a uma afiliada da “TV Globo” que não há “nada de grave, nada de assustador” nas eleições do país vizinho. O presidente brasileiro disse ainda estar convencido de que o impasse nas eleições venezuelanas é “normal” e “calmo”.
A respeito disso, Padilha tentou amenizar a afirmação do chefe do Palácio do Planalto. Na opinião do chefe do SRI, Lula falava apenas do “processo de votação em si”, ou seja, da ida dos eleitores às urnas.
“Quando o presidente Lula diz isso [a Venezuela] teve um processo normal e tranquilo em relação ao próprio processo de votação porque este foi reconhecido por vários institutos e organizações. Ele estava falando sobre o processo de votação em si. A maior força pela qual ainda espera o reconhecimento do resultado eleitoral é a exigência de atas”, disse o ministro em entrevista ao canal “ICL”.
Segundo Padilha, Lula atua como intermediário na situação da Venezuela porque o Brasil está preocupado com a “pacificação” e a “redução de conflitos” na região sul-americana. “Estamos aguardando e exigindo as atas e relatórios do processo eleitoral para termos qualquer tipo de posicionamento sobre isso. Nossa maior preocupação é a pacificação e a tranquilidade do povo da Venezuela. “, ele explicou.
Em seguida, o ministro mencionou que Lula está alinhado aos presidentes da Colômbia, do México e dos Estados Unidos, países que também acompanham as eleições venezuelanas. “A preocupação do Lula é ter uma postura como país e ter uma articulação muito importante com a Colômbia, o México e os Estados Unidos para garantir a redução do conflito, a estabilidade desse país, o que é bom para esse país [Venezuela] e melhor ainda para o Brasil”, acrescentou.
Já Padilha acusou alguns presidentes sul-americanos de tentarem “selar” o imbróglio, criticando o chefe de Estado da Argentina, Javier Milei. O líder argentino foi um dos primeiros presidentes a dizer que não reconheceria o resultado eleitoral na Venezuela.
“Queremos ter o melhor relacionamento possível com todos os nossos países vizinhos. Veja o presidente da Argentina, que é outro gerador de conflitos. Ele continuará lutando sozinho porque não entraremos em conflito com um representante da extrema direita, que é uma direita extremamente pervertida. [Ele] busca perverter a democracia e zomba do ex-presidente da República [Jair Bolsonaro]. Não vamos entrar na briga deles. A nossa posição é construir a redução de conflitos e a estabilidade para esse país [Venezuela]. […] Há pessoas que estão lá para selar, infelizmente há um presidente da República que está lá para selar”, criticou.
Padilha argumentou ainda que a estabilidade na Venezuela é importante porque as relações com um país vizinho geram “renda e empregos” em território brasileiro.
“As pessoas precisam entender que a relação do Brasil com a Venezuela é mais de exportação do que de importação. Nossa relação com a Venezuela significa que geramos mais empregos e renda aqui no Brasil. Temos uma relação importante com a Venezuela no fornecimento de energia ao Estado de Roraima. Bolsonaro, que tinha conflito com todo mundo, teve conflito com a Venezuela e isso afetou o fornecimento de energia”, mencionou.
Por fim, o ministro do SRI tentou driblar a nota divulgada pelo seu próprio, o PT, que reconhecia a reeleição de Nicolás Maduro mesmo sem a divulgação da ata eleitoral. “[Quanto] aos dirigentes partidários de lá, penso que estas são posições partidárias e é normal que haja [isso]”, ele adicionou.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo