Os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos decidem sobre as taxas de juros nesta quarta-feira (31), conhecida pelo mercado como super quarta-feira. Assim se chama o dia em que as duas autoridades definem as taxas de juro que servirão de referência para a economia e influenciarão as taxas dos empréstimos e das aplicações financeiras. Mais que interesse, os investidores aguardam ansiosamente comunicações sobre o futuro das taxas.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter Selic em 10,5% ao ano na reunião de hoje. Todas as 123 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor esperam que a taxa de juros não seja alterada. A maioria das casas estima que a Selic permaneça nesse patamar até o fim de 2024. Apenas 12 consultorias e instituições preveem mudança nos juros até o final deste ano: nove projetam retomada dos cortes, enquanto três esperam aumento.
Ao final de 2025, mediana do mercado espera taxas de juros de 9,5%. No entanto, Cresceu o número de economistas que prevêem que a taxa permaneça em 10,5% por mais tempo. Em pesquisas realizadas por Valor em Junho, 21 casas eles esperavam que a taxa permanecesse neste nível durante o próximo ano. Agora são 34.
Ó Termômetro Valor Investe Copomcom base em contratos de opções negociados em bolsa, ressalta que a chance de manutenção da Selic na reunião de hoje é de 94%. Na próxima reunião do Copom, a chance de manutenção da taxa Selic é de apenas 53%.
Os economistas debatem se o próximo movimento da Selic será de alta ou de queda. Cresceu entre os investidores a percepção de que o Copom deveria endurecer o tom do discurso no comunicado, devido à alta significativa do dólar e à piora nas previsões de inflação.
“Com a alta do dólar e a leve piora nas previsões de inflação, esperamos que o Banco Central mantenha a Selic em 10,5% e permaneça vigilante, deixando aberta a chance de alterações na Selic se necessário. Não há espaço para cortes, mas não descartamos aumento dos juros neste ano caso o cenário interno continue a piorar“, afirma a equipe econômica da Banco C6liderado por Filipe Salles. O banco espera juros de 10,5% no final de 2024 e de 9% no final de 2025.
Na análise do Banco de Investimentos do Paraná, o Copom deve ser unânime em manter juros em 10,5% ao anomas deve fazer uma ressalva, chamando a atenção para o compromisso fiscal do governo e não descartando aumento da taxa de juros, se necessário, em reuniões futuras. Na avaliação do banco, o Brasil tem mais fatores que pesam a favor do aumento ou da manutenção da taxa Selic do que da redução. Contudo, a instituição considera que a redução das taxas nos Estados Unidos poderá pesar contra uma subida das taxas de juro localmente..
“Por um lado, o mercado inclui três aumentos de juros neste ano, levando a taxa Selic para 11,5%. Por outro lado, o mercado nos Estados Unidos está incorporando nos preços três cortes nas taxas de juros nos EUA neste intervalo. O Copom deveria aumentar os juros, quando as maiores economias do mundo iniciarão um ciclo de redução de juros?”, questiona. Pedro Oliveiratesoureiro de Paraná Banco Investimentos.
Nos Estados Unidos, a expectativa é que a Reserva Federal (Fed, o banco central americano) manter as taxas inalteradas no nível mais alto em mais de duas décadas na reunião de hoje. Esta é a previsão de todos os 47 economistas entrevistados pela Bloomberg News. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 24 de julho, depois que o presidente Joe Biden desistiu de concorrer nas eleições norte-americanas.
Ainda, a expectativa é que o Fed indique seu plano de corte de juros em 0,25 ponto percentual em setembro, para a faixa entre 5% e 5,25%, segundo três quartos dos economistas entrevistados. No entanto, eles estão divididos sobre como o Fed fará isso. Metade das orelhas vê o banco central dos Estados Unidos indicar a próxima medida através do comunicado de decisão e da entrevista com Jerome Powell, presidente do Fed, 30 minutos depois. Mas outros pensam que o banco central dos EUA utilizará um método ou outro.
Dois terços dos economistas inquiridos prevêem que a Fed dirá, no seu comunicado pós-reunião, que ganhou confiança adicional de que a inflação está a avançar em direção à meta de 2%, um passo em direção ao corte. Porém, um quarto dos entrevistados não vê sinal de reajuste nas taxas de juros na reunião de julho. A mensagem pode ser consolidada no discurso de Powell no simpósio de Jackson Hole, no final de agosto.
Como o investidor é afetado?
Se as taxas de juros forem fixadas em 10,5% ao ano no Brasil na reunião de hoje e permanecerem nesse nível até o final deste ano, como esperado, as aplicações financeiras de renda fixa continuarão a oferecer remunerações muito atrativas.
Os especialistas indicar os títulos que acompanham o CDI (como CDBs, LCAs e LCIs) ou o Selic (como o Tesouro Selic) para resgatar o recurso a qualquer momento. Títulos atrelados à inflação são os mais recomendados por períodos mais longosporque têm taxas muito elevadas e protegem o investidor da subida generalizada dos preços.
Sobre isso, investimentos em renda variável como o mercado de ações brasileiro continuam menos recomendados para os próximos meses. Já o corte nos Estados Unidos em setembro pode ajudar as bolsas no exteriorque estão ganhando com funções ligadas à inteligência artificial este ano.
Nas últimas semanas, as autoridades do banco central dos Estados Unidos fizeram declarações afirmando que o mercado de trabalho está equilibrado e que a inflação caiu novamente para o objectivo de 2%, sugerindo que vêem um movimento no sentido da redução das taxas de juro. Eles agora estão enfatizando o objetivo do banco central
Todos os entrevistados esperam que o Fed mantenha as taxas inalteradas no seu nível mais alto em mais de duas décadas na reunião desta semana. A pesquisa com 47 economistas foi realizada entre 22 e 24 de julho, depois que o presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição nos EUA.
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