Você interesse futuro encerrou a sessão desta quinta-feira (25) em alto firme, especialmente nos vértices curtos e intermediários da curva.
Após a publicação do IPCA-15 acima das estimativas de consenso, cresceram mais uma vez os temores de que o Banco Central possa usar uma retórica mais dura na decisão de política monetária da próxima quarta-feira (31). Assim, o mercado voltou a incorporar os prêmios de risco nas taxas e a precificação da curva voltou a indicar uma Selic de 11,5% no final do ano.
Ao final da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) referente a janeiro de 2025 passou de 10,685% do reajuste anterior para 10,785%; o DI referente a janeiro de 2026 passou de 11,595% para 11,775%; o DI para janeiro de 2027 passou de 11,845% para 12,03%; o DI de janeiro de 2029 saltou de 12,13% para 12,23%.
Mesmo com o declínio constante nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Tesouros) — a taxa das notas do Tesouro a 10 anos caiu de 4,293% para 4,247% — as taxas locais registaram um aumento firme, especialmente nas partes mais curtas da curva. Isso porque o IPCA-15, divulgado hoje, ficou bem acima das estimativas do mercado e voltou a levantar o debate sobre a necessidade de uma postura mais conservadora por parte do Banco Central nas suas próximas reuniões.
Na precificação extraída da curva de juros, o mercado voltou a apontar para uma Selic de 11,5% no final do ano, alta importante em relação aos 11,3% esperados no fechamento de ontem. Para o final de 2025, os preços de mercado apontam para uma taxa básica de juro de aproximadamente 12,5%.
Profissionais do mercado apontaram que as notícias envolvendo as dificuldades na elaboração do Orçamento de 2025 também aumentaram a pressão altista sobre as taxas hoje.
Segundo o sócio de uma importante gestora local, a movimentação nas taxas de juros futuras reflete um aumento na percepção do mercado de que o Copom poderá voltar a subir os juros. “O dólar é uma variável que pode fazer o Banco Central subir os juros. A alta do foco é uma variável que nos incomoda. a probabilidade de que, em algum momento, o Copom reaja”, afirma.
O gestor, porém, acredita que é cedo para o BC retomar o ciclo de altas. “Não creio que o BC deva aumentar os juros tão cedo, justamente porque parou em um patamar já restritivo”, afirma.
O economista-chefe da Meraki Capital, Rafael Ihara, acredita que há pressão do mercado para que o BC volte a subir os juros, principalmente por conta da desvalorização cambial, o que fará com que o Copom precise rever suas projeções.
“O BC está numa encruzilhada, seu cenário base é permanecer em 10,5% pelo tempo que for necessário. Mas com essas revisões de projeção ele precisa subir o tom, considerar a possibilidade de elevá-lo se for preciso. Acho que ele vai continuar cauteloso, tentando adiar esse debate ascendente”, afirma.
O economista destaca ainda que o movimento dos juros futuros tem estado bastante alinhado ao do dólar nos últimos meses. “Além do medo interno em relação ao imposto, existem vetores externos que pressionam a taxa de câmbio. O desmantelamento das posições de ‘carry trade’, que também está afetando o peso mexicano, e a queda nos preços das commodities, que afetam nossos termos do comércio”, afirma.
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