A ferramenta “C the Signs” verifica os registros clínicos gerais dos pacientes para encontrar padrões ocultos e foi capaz de aumentar a taxa de detecção de doenças de 58,7% para 66%. Na Inglaterra, a inteligência artificial está ajudando a diagnosticar o câncer de uma maneira melhor e mais precisa. A ferramenta “C the Signs” é utilizada em cerca de 1.400 clínicas do sistema de saúde pública do país e tem se mostrado eficaz na detecção de padrões ocultos e no aumento das taxas de detecção de doenças de 58,7% para 66%. A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Oncology. A tecnologia analisa o prontuário médico de um paciente para coletar seu histórico médico, resultados de exames, prescrições e tratamentos, bem como outras características pessoais que podem indicar risco de câncer – como CEP, idade e histórico familiar. Além disso, a plataforma solicita aos médicos que perguntem aos pacientes sobre novos sintomas e, se detectar padrões nos dados que indiquem um risco aumentado, pode recomendar testes clínicos ou tratamentos. “Pode ser uma tomografia computadorizada, um ultrassom ou podem precisar ser avaliados por um especialista em uma clínica”, disse Bea Bakshi, médica que criou a ferramenta com seu colega Miles Payling, ao The Guardian. “Nosso sistema detectou mais de 50 tipos diferentes de câncer. O principal é que não se trata apenas de um diagnóstico mais precoce, mas sim de um diagnóstico mais rápido”, acrescentou. Texto inicial do plugin O uso da IA também foi validado pela equipe em 118.677 pacientes em um estudo anterior, que constatou que 7.295 foram diagnosticados com câncer – dos quais 7.056 foram identificados graças à tecnologia. Nos casos em que a ferramenta concluiu que era pouco provável que o paciente tivesse cancro, apenas 239 dos 8.453 tiveram um diagnóstico confirmado no prazo de seis meses (cerca de 2,8%). O Plano de Longo Prazo para o Câncer do NHS England visa detectar 75% de todos os cânceres em estágios iniciais até 2028. Peter Holloway, clínico geral que preside o Grupo de Cuidados Primários da Aliança contra o Câncer do Leste da Inglaterra e também coautor do estudo, disse ao jornal que sistemas de apoio à decisão como o C the Signs são uma parte importante do diagnóstico, além de melhorar a conscientização do paciente sobre os diferentes tipos de possíveis sintomas e obter melhor acesso a tecnologias – como tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. O Professor Peter Johnson, Diretor Clínico Nacional do Cancro do NHS England, destacou: “Apesar do aumento da procura e da pressão sobre os serviços, um número recorde de pessoas está a ser rastreadas e tratadas para o cancro, e estamos agora a diagnosticar uma maior proporção de pessoas afetadas numa fase precoce. estágio, aumentando as chances de sobrevivência.” Most Read
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