Representantes de agências Nações Unidas alertou, nesta quarta-feira (24), sobre o cenário de declínio global da insegurança alimentar e a necessidade de desbloquear fontes de financiamento destinadas a programas de combate à fome e à desnutriçãoespecialmente em países mais pobres.
O relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo” (SOFI, na sigla em inglês), das Nações Unidas, divulgado nesta quarta-feira (24), mostra que cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, o equivalente a uma em cada 11 pessoas no mundo, com os níveis globais a caírem há 15 anos.
O documento – organizado por Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)além do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PMA) e da Organização Mundial da Saúde (QUEM) – foi lançado no Rio, no contexto da formalização do Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza por membros do G20.
O Diretor-Geral da FAO, QU Dongyu, destacou que são necessários investimentos da ordem de triliões de dólares para desenvolver programas capazes de combater a insegurança alimentar global. Destacou também que as populações que mais necessitam são aquelas que têm menos acesso ao financiamento internacional.
Dongyu convocou o setor privado participar dos esforços e defendeu maior coordenação entre os recursos para que sejam distribuídos de forma adequada e acessível. “É muito importante reconhecer que as inseguranças são globais. Precisamos estar prontos para isso e aumentar [os recursos] em todas as dimensões, além de misturá-las de forma colaborativa. Não podemos permitir que os mais vulneráveis tenham menos acesso a este financiamento”, afirmou.
O presidente do FIDA, Alvaro Lario, disse que, apesar de alguns progressos, o 2º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que prevê fome zero até 2030, ainda está longe de ser alcançado. Ele afirmou que as instituições financeiras precisam estar mais dispostas a assumir riscos para financiar pequenos produtoresque são excluídos dos índices de nutrição adequados em muitos países em desenvolvimento.
“A urgência é real quando falamos de fome. Precisamos criar condições para atrair instituições privadas que possam fornecer acesso ao capital”, afirmou.
O diretor executivo da PMA, Cindy McCain, disse que a última edição do relatório das Nações Unidas deixa “muito claro” que o mundo está no caminho certo para atingir as metas nutricionais globais. Para ela, os sistemas globais são “boicotados” por desigualdades económicas e sociais, o que requer um esforço conjunto para mobilizar financiamento inovador.
“Estou confiante de que podemos quebrar este ciclo duradouro se conseguirmos encontrar os recursos necessários e a vontade política. Temos as tecnologias e o conhecimento para acabar com a insegurança alimentar”, afirmou.
O relatório mostrou que, entre os 119 países de rendimento baixo e médio analisados, aproximadamente 63% têm acesso limitado ou moderado ao financiamento. Além disso, a maioria destes países (74%) é afectada por um ou mais factores importantes que contribuem para a insegurança alimentar e a desnutrição.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo