A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campellodetalhou nesta terça-feira (23) o “Arco de Restauração da Amazônia”, um programa do banco para recuperar 24 milhões de hectares de floresta tropical brasileira. No total, a iniciativa deverá gerar cerca de R$ 204 bilhões até 2050. Em maio, o programa havia sido anunciado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.
Ó programa é dividido em duas fases: o primeiro, até 2030, envolverá a recuperação de 6 milhões de hectares, com investimento estimado de R$ 51 bilhões (ou US$ 10 bilhões). A segunda etapa, entre 2030 e 2050, envolve a recuperação de mais 18 milhões de hectares, com investimentos de aproximadamente R$ 153 bilhões (ou US$ 30 bilhões).
“O Brasil estabeleceu essa meta, mas precisaremos de ajuda internacional. É uma entrega para o Brasil, mas também para o mundo”, disse Campello no segundo dia do evento “Estados do Futuro”, convenção paralela ao G20 que vai até sexta-feira (26).
Ainda sobre a iniciativa brasileira, Campello acrescentou: “É diferente de plantar florestas de eucalipto e ‘plantar’, estamos falando de restaurar a floresta com sua biodiversidade e reconstruir esse território, garantindo o conjunto de serviços ecossistêmicos, desde rios voadores, flores e fauna às próprias populações”.
Segundo o diretor, o arco compreende uma faixa entre os estados do Pará e Acre. A ideia é transformar o desmatamento em restauração. Ao final do processo, cerca de 1,65 bilhão de toneladas de carbono serão retiradas da atmosfera.
“Se conseguirmos reconstruir esta área, iremos ao mesmo tempo capturar carbono. Não há tecnologia no mundo hoje que nos permita capturar carbono em escala além da reconstrução da floresta”, disse ele.
O diretor do BNDES disse ainda que recuperar a Amazônia é uma das missões do Brasil, em linha com os compromissos assumidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP28 e com as ações que o país pretende apresentar na COP30, em Belém, em 2025.
O programa também está associado ao atual consenso científico de que o objetivo do Acordo de Paris — que previa prevenir o aquecimento global em 1,5ºC — não deveria mais ser alcançado. “O aquecimento de 1,5ºC já está contratado, não podemos apenas reduzir as emissões, precisamos também recuperar o que foi perdido. A simples existência da floresta amazônica já garante que a temperatura da Terra seja 1ºC mais fria”, disse.
Campello, que foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016), destacou ainda que o desmatamento não é o mesmo das décadas de 1970 e 1980 e que hoje o processo está associado ao crime organizado na Amazônia, inclusive internacionalmente.
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