Taxas de Treasuries recuam antes de leilão; big techs sustentam Wall Street | Finanças

Após a desistência do presidente democrata Joe Biden de concorrer a um segundo mandato como presidente, a vice-presidente Kamala Harris já conta com 80% de aprovação dos democratas, com os mercados respirando mais aliviados, especialmente o dólar e as bolsas de valores.

Enquanto o índice DXY – que mede a relação do dólar com um cabaz de moedas de países desenvolvidos – está a ser negociado em território positivo, mas abaixo dos máximos recentes, os mercados bolsistas estão novamente a subir, impulsionados pelas grandes empresas de tecnologia, em antecipação aos lucros do segundo trimestre.

Por volta das 13h10, o índice DXY subia 0,14%, para 104,46 pontos. O rendimento do T-Note de 2 anos cai para 4,502%, de 4,526% no fechamento de ontem. O rendimento do título de 10 anos cai para 4,232%, de 4,256% e o retorno do título de 30 anos cai para 4,455%, de 4,474%.

Às 14h, um leilão de US$ 69 bilhões em T-Notes de 2 anos testará esse mercado. A expectativa é de forte demanda, o que deverá derrubar os rendimentos. “A expectativa é que o leilão de hoje registre o menor rendimento desde janeiro, com rentabilidade de 25 pontos base no mês. Mesmo assim, os rendimentos de 2 anos subiram cerca de 10 pontos base em relação aos mínimos locais, à medida que o magnetismo do nível de 4,5% persiste”, disseram Vail Hartman e Ian Lyngen da BMOMarkets.

Na renda variável, o índice Dow Jones subiu 0,25% para 40.516,78 pontos, o S&P 500 avançou 0,27% para 5.579,17 pontos e o Nasdaq ganhou 0,43% para 18.082,35 pontos. Dos sete magníficos, apenas Tesla caiu com Amazon subindo 2,93%, Meta avançando 0,90%, Apple teve ganhos de 1,04%, Nvidia ficou estável, Alphabet subiu 0,58% e Microsoft ganhou 0,79%.

Os dados sobre as vendas de casas usadas nos EUA caíram novamente em Junho, pelo segundo mês consecutivo. Em junho, a queda foi de 5,4% em relação a maio e também em relação ao mesmo período do ano anterior, mostrando mais sinais de desaceleração da economia americana.

Para Oliver Allen, economista da Pantheon, a queda nas taxas hipotecárias se equilibrará com a desaceleração do mercado de trabalho, limitando o aumento nas vendas de casas existentes.

Como resultado, segundo o CME Group, as perspectivas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal em Setembro, Novembro e Dezembro aumentaram. Agora, 93,6% apostam no primeiro corte em setembro, ante 88% ontem. Um segundo corte em novembro é projetado por 51,6% dos investidores ante 50,9% de ontem e um terceiro corte em dezembro é visto por 48,2% do mercado ante 45,8% de ontem.