As políticas climáticas e ambientais não estão mais restritas a um nicho, na visão de Carolina Grottera, diretora de Programas da secretaria executiva do Ministério da Fazenda. Grottera afirmou que, após um ano e meio de governo, é possível perceber que as iniciativas de transição ecológica, lideradas por sua equipe, têm sido bem recebidas pelos agentes interessados.
“Pela primeira vez temos um plano com uma forte componente ambiental e climática liderado pelo Ministério das Finanças. Anteriormente, eram liderados pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, por exemplo. Agora eles foram trazidos para o centro do governo. Isto tem acontecido em todo o mundo face ao desafio das alterações climáticas e da crescente desigualdade”, disse Grottera no terceiro evento de uma série de reuniões sobre o G20 que ValorO Globo e a rádio CBN realizarão em 2024.
Para o diretor, o plano de transformação ecológica não tem objetivos estritamente ambientais, mas há objetivos para provocar uma nova relação na forma como a produção e o consumo são alcançados, de forma a atingir as metas do Acordo de Paris e da neutralidade climática em 2050.
“O plano tem outros objetivos como geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida, justiça social e climática, além de redução da desigualdade. O plano está dividido em seis eixos: finanças sustentáveis, adensamento tecnológico, bioeconomia e sistemas agroalimentares, transição energética, economia circular e novas infraestruturas verdes.”
Ao lado de Grottera no painel, Morgan Doyle, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, destacou a liderança do Brasil como fonte de soluções globais neste cenário: “Vejo uma oportunidade na presidência do G20 e na COP30 no próximo ano. O Brasil tem um povo criativo, um sistema financeiro sofisticado, comprometimento dos servidores públicos na vanguarda das inovações.”
Doyle reforça que para o país aproveitar oportunidades e alavancar projetos é necessário reduzir as percepções de risco associadas. “Nosso papel no BID é coordenar com diferentes atores e fazer os projetos decolarem. Somos uma ponte para que a poupança global esteja alinhada aos projetos. aproveitar as oportunidades que o país oferece.”
Bruna Mascotte, sócia sênior da Catavento Consultoria, acrescenta que o custo de capital nos países emergentes tem sido um fator limitante no recebimento de recursos, especialmente voltados para tecnologias de transição energética: “Existem recursos, fundos e investidores interessados, mas a relação risco-retorno dos projetos pode não ser atraente.”
Pedro Ferreira de Souza, sociólogo e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tem a chance de ser um exemplo global de boas práticas com resultados positivos de programas sociais como o Bolsa Família e o Cadastro Único: “Podemos ver no curto prazo, os resultados desses programas nos indicadores de pobreza podem ser um exemplo de expansão do financiamento e de implementação de programas, com uma posição privilegiada para liderar pelo exemplo.”
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