Há pouco tempo, a centenária Fazenda Campanário, localizada em Laguna Carapã, no sul de Mato Grosso do Sul, sofria com falta de sinal de internet. Desde processos simples, como conexões de celular dentro da fazenda, até processos mais complexos, como o uso de máquinas agrícolas com tecnologia embarcada, eram quase impossíveis.
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Mas a instalação de uma torre de internet que conecta os 37 mil hectares da propriedade, em maio deste ano, mudou a situação. Da área do Campanário, 27 mil hectares são dedicados à produção de soja, milho e cana-de-açúcar e à criação de cerca de 15 mil cabeças de gado.
A torre foi instalada pela startup de conectividade Sol Internet Of People, em parceria com a Ciarama Máquinas, concessionária John Deere. Ele carrega sinal fornecido pela Claro e permitiu acelerar diversos processos na fazenda.
“Só conectar o telefone e ser mais assertivo já encurtou caminhos e evitou retrabalhos dentro da fazenda. Antes tínhamos telefone fixo e rádio VHS para comunicação”, conta Claudio Kenmochi, supervisor de manutenção do imóvel.
Segundo ele, antes, na era sem sinalização, “as informações sobre falhas elétricas nas máquinas demoravam até uma semana para serem passadas do mecânico para nós”. Agora, o operador responsável pela máquina identifica o erro por meio de um aplicativo e envia instantaneamente um relatório para que o mecânico responsável encontre possíveis soluções.
Esta aplicação – uma tecnologia incorporada na máquina – depende da conectividade para funcionar. Antes, quando não havia sinal de internet, mesmo com a máquina ligada, não era possível enviar informações aos servidores da John Deere, lembra Kenmochi.
Ele afirma que ainda não é possível mensurar os ganhos após a instalação da torre, pois a mudança é recente, mas o executivo está confiante de que haverá benefícios, como redução de custos e ganhos de produtividade.
Devidamente conectado, o próximo passo do Campanário agora é começar a automatizar processos. Em breve, afirma o supervisor, a fazenda testará um robô Solinftec utilizado no combate a pragas.
A instalação da torre no Campanário foi possível graças a um acordo entre os proprietários e a startup. A Sol pagou a instalação dos equipamentos e, em troca, a fazenda consome as tecnologias fornecidas pela startup, como largura de banda de internet e telemetria de máquinas.
“Existem centenas de coisas que precisam estar conectadas dentro da fazenda, principalmente as máquinas. Depois, o produtor atualiza os pacotes contratados, com melhores links de internet que proporcionam condições de serviço ao produtor”, afirma Rodrigo Oliveira, CEO da Sol.
Segundo ele, esse modelo de negócio também permite que pequenos e médios produtores tenham acesso ao sinal de internet na zona rural. “Abaixamos a barreira de entrada, implantamos a torre e o produtor se compromete com o consumo no longo prazo”, afirma o executivo.
Uma vez conectados, os processos dentro da fazenda resultam em economia de combustível, aumento no número de máquinas em operação e menos problemas elétricos com manutenções preventivas. “Tudo isso é dinheiro no bolso do produtor”, acrescenta Oliveira.
No Brasil, apenas 37% das propriedades rurais possuem cobertura 4G em toda a área de uso agrícola, segundo estudo da ConectarAGRO com dados de 2023. Ou seja, 63% das propriedades do país ainda passam pelas dificuldades que o Campanário viveu até recentemente.
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