Pensando num sabático?

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As universidades americanas atraem estudantes com mais de 50 anos com programas que ajudam a planejar o resto de suas vidas Campus da Universidade de Harvard EasyBuy4u/Getty Images A aprendizagem ao longo da vida tornou-se um imperativo para todos, especialmente para aqueles de nós que chegam aos 50 e 60 anos e têm a chance de viver até 100. O problema é que muitas vezes chegamos ao fim de uma carreira que consumiu as últimas décadas sem saber que conhecimentos devemos (ou precisamos) acrescentar ao nosso repertório futuro. Isso ocorre quando não temos clareza sobre nosso plano para o resto de nossas vidas. Se você estiver nessa situação, considere voltar para a universidade. Não por um curso regular, mas por programas específicos que prometem nos ajudar a descobrir um novo propósito para esse ‘terceiro ato de vida’, como se refere a atriz Jane Fonda ao período após a aposentadoria (expressão que me foi lembrada pela minha amiga Heloisa Ribeiro). Nos Estados Unidos, a Universidade de Yale é a mais recente de uma série de universidades a criar programas específicos para este momento da vida. Apostam que, com o envelhecimento da população, uma grande parte da geração baby boomer (nascida entre 1945 e 1964) está a pensar na segunda ou terceira carreira – e, para isso, precisam de ajuda para reexaminar profundamente questões da vida: Quem sou eu? EU? Quem eu quero ser? O que minha família precisa? Como posso usar minha experiência para contribuir? Selecionei quatro opções, com diferentes faixas de preço e duração: Yale School of Management: Experienced Leaders Initiative (ELI) – O programa terá duração total de seis meses, dividido em três módulos: o primeiro acontece de 27 a 29 de janeiro de 2025 , pessoalmente no campus de Yale em New Haven, Connecticut; o segundo terá aulas remotas assíncronas; e a terceira, de 23 a 25 de junho, novamente no campus. As inscrições estão abertas até 8 de novembro. Por US$ 25 mil (inclui hospedagem e alimentação para ambas as visitas ao campus), o ELI promete fazer você descobrir suas motivações e visualizar possibilidades futuras. Universidade de Stanford: Distinguished Careers Institute (DCI) – Criado em 2013, recebe anualmente 40 profissionais no campus de Stanford para “renovar o propósito, construir relacionamentos e recalibrar o bem-estar”. E há também o lado acadêmico: os participantes do DCI podem frequentar aulas regulares em sete faculdades de Stanford. Na turma de 2023, 80,6% eram americanos e 4,9% eram brasileiros. Com duração de um ano, as aulas começam sempre em setembro. As inscrições abrem com um ano de antecedência. Você não encontrará o preço no site, mas esteja preparado para pagar mais de US$ 70 mil (sem incluir moradia). Universidade do Colorado – Denver: Programa Change Makers – Lançado em janeiro de 2023, tem duração de quatro meses (janeiro a abril) e é voltado para pessoas aposentadas ou pensando em se aposentar. Segundo Anne Button, diretora do programa, em entrevista ao Denver Post, “o objetivo é oferecer ferramentas que ajudem as pessoas a fazerem sua transição de vida e carreira”. O grupo de 15 a 20 pessoas se reúne duas noites por semana para participar de discussões e seminários sobre bem-estar, carreira e propósito. Os alunos podem participar da vida no campus, inclusive frequentando aulas e participando de exposições. A mensalidade é de US$ 3.200. Harvard – Institute for Learning in Retirement – ​​Para participar deste programa, você deve morar na região metropolitana de Boston, ter mais de 55 anos, estar aposentado ou trabalhar apenas meio período. O grupo se reúne uma vez por semana para seminários e workshops oferecidos pelos próprios participantes em sua área de atuação. Os alunos também podem ter aulas de diversas disciplinas, desde política internacional até biologia, desde artes até meio ambiente. Por US$ 525 por semestre, o participante tem direito a frequentar o campus (usar a biblioteca, visitar os museus, etc.), mas tem obrigações acadêmicas, como frequentar as aulas. *Maria Tereza Gomes é jornalista, mestre em administração de empresas pela FEA-USP, CEO da Jabuticaba Conteúdo e mediadora do podcast “Mulheres de 50”. Mais Lidos



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