Dia tem decisão monetária na Europa, preço da Sabesp e projeções da Fazenda | Bolsas e índices

Lá fora, a expectativa é que o BCE mantenha a taxa de juro da zona euro no nível atual. A decisão será anunciada às 9h15 de Brasília. Para quem não lembra, na última reunião, a autoridade monetária fez o primeiro corte na taxa de juros desde 2019. Embora agora a expectativa seja de uma “pausa para análise do cenário”, há esperança de que Christine Lagarde, presidente do município, possa sinalizar uma nova queda em setembro. A entrevista do agente acontece às 9h45.

Nos Estados Unidos, o dia é marcado pelos números do subsídio de desemprego da última semana, que serão divulgados às 09h30. Os dados ajudam a medir a força do mercado de trabalho. É importante destacar que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vinha demonstrando preocupação com a força do mercado de trabalho, o que vinha ajudando a impulsionar a inflação para cima.. Agora, porém, a autoridade monetária tem dado cada vez mais sinais de que um corte nas taxas de juro está próximo, especialmente depois de a subida dos preços ter dado sinais de abrandamento. Ao final do pregão está o balanço da Netflix.

Aqui o dia é uma agenda vazia de indicadores. Um dos principais destaques é a precificação da oferta de ações da Sabesp. A quantidade exata de ações adquiridas por investidor e os valores do follow-on (oferta secundária de ações) serão divulgados oficialmente hoje. A demanda pela oferta de ações para a privatização da empresa chegou a atingir R$ 200 bilhões ao final do período de reservas, encerrado na segunda-feira (15).

Apesar da forte procura, o preço final das ações vendidas pelo governo de São Paulo deverá ser de R$ 67 por ação, mesmo valor proposto pela Equatorial Energia em sua oferta, e, consequentemente, o teto do preço por ação da oferta. Para quem não lembra, a Equatorial Energia SA cumpriu os requisitos para ser o investidor estratégico da empresa governamental de saneamento e passará a deter 15% da empresa.

Por fim, o dia ainda tem projeções macroeconômicas para o Ministério das Finanças no Boletim Macrofiscal. Mas, segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, é pouco provável que o ministério faça grandes alterações nas suas novas previsões.

O Boletim Macrofiscal é importante porque serve de diretriz para a elaboração do Orçamento federal e para o cálculo de contingências e bloqueios de recursos — necessários para que a União cumpra o limite de gastos estabelecido pelo marco fiscal e pela meta de resultado primário.