Tesouro Direto: taxas voltam a subir após dias em recuo; o que aconteceu? | Tesouro Direto

Lá fora, Os dados da produção industrial, juntamente com os dados do comércio a retalho divulgados ontem, ambos mais fortes do que o esperado, pintam um quadro de força na economia americana, o que poderá atrasar os planos de redução das taxas de juro da Fed.

E se as taxas de juros na maior e mais segura economia do mundo continuarem altas, os investidores tendem a aproveitar o momento lá, o que pressiona a demanda por títulos aqui.

Assim, por volta das 14h30, os juros dos títulos indexados à inflação e prefixados subiram. O Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 paga 11,99% ao ano, enquanto o Tesouro IPCA 2029 oferece 6,13%.

Mas o que isso significa? Que em 2029 e 2031, por exemplo, os títulos pagarão valores superiores aos projetados pelos analistas para os juros básicos do período. Portanto, de forma geral, os títulos têm vivido um período de alta recomendação. Em especial, aqueles vinculados ao IPCA, que cumpre a função de proteger a carteira contra aumentos de preços.

Vale lembrar que as taxas e os preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa que, tanto nos títulos prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — pois garante maior rentabilidade se mantiver o investimento até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, o que implica uma perda temporária para quem possui os títulos na carteira.