Ex-rivais de Donald Trump nas primárias republicanas, Nikki Haley e Ron DeSantis subiram ao palco da Convenção Republicana nesta terça-feira (16) para manifestar total apoio ao candidato que anteriormente ridicularizavam, numa demonstração de unidade partidária. O evento continua hoje com um discurso esperado do candidato à vice-presidência JD Vance.
No segundo dia da convenção em Milwaukee, Haley, que já havia chamado Trump de “completamente perturbado” e “humilhado”, subiu ao palco sob aplausos e algumas vaias, dizendo ao público que Trump a havia convidado para falar “em nome de unidade.”
“Para o bem da nossa nação, precisamos de ir com Trump”, disse Haley, declarando o seu forte apoio a ele e afirmando que o seu discurso se dirigia aos eleitores ainda céticos em relação ao apoio ao ex-presidente.
“A minha mensagem é simples: não é preciso concordar com Trump 100% das vezes para votar nele”, disse o ex-embaixador da ONU durante a administração Trump.
DeSantis, que disse anteriormente que o ex-presidente abraçaria os republicanos mais “inúteis” se eles “beijassem seu anel”, exortou os eleitores a tornarem o “45º presidente dos Estados Unidos o 47º presidente”.
O governador da Flórida, que abandonou a corrida pela candidatura republicana no início das primárias, também atacou o presidente Joe Biden por considerá-lo velho demais para o cargo.
“Vamos mandar Joe Biden de volta para seu porão e vamos mandar Donald Trump de volta para a Casa Branca”, disse DeSantis.
Enquanto isso, Trump aplaudiu os discursos ao lado de seu companheiro de chapa, o senador JD Vance, que também foi um ex-crítico feroz do ex-presidente. Espera-se que Vance seja a atração principal do terceiro dia da convenção, onde deverá falar e aceitar sua nomeação como vice-presidente.
As declarações de seus ex-rivais na noite de terça-feira ofereceram uma chance para Trump ampliar seus apoiadores em sua corrida contra Biden, ao mesmo tempo em que destacaram o controle total do ex-presidente sobre o Partido Republicano.
Nos últimos meses, Trump tem reforçado o seu controlo sobre o partido, nomeando a sua nora como co-presidente do Comité Nacional Republicano e ajudando a redigir a plataforma do partido.
Além disso, deixou claro que o discurso de unidade após o ataque a Trump referia-se ao Partido Republicano e não à nação como um todo. Com repetidas críticas às políticas fronteiriças da atual administração, outros oradores insistiram no tema de “tornar a América segura novamente”, acusando Biden de permitir que o país fosse “inundado por imigrantes ilegais e fentanil”.
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