Mercado repercute dados da Vale enquanto espera Livro Bege nos EUA | Bolsas e índices

Ontem (16), após o fechamento, a Vale anunciou que fechou o segundo semestre com uma produção de 80,59 milhões de toneladas de minério de ferro. O número representa um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a própria empresa, o resultado foi “robusto” e se deve também às vendas de estoques anteriores.

O resultado pode trazer bom humor ao pregão de hoje, principalmente depois a empresa relatou uma queda de 13% no lucro no primeiro trimestre. Como a empresa representa uma parcela muito significativa do Ibovespa, números positivos de produção podem ajudar a impulsionar o índice para cima.

Embora os resultados da empresa sejam importantes, o que realmente deve afetar o pregão são os dados vindos dos Estados Unidos. Logo pela manhã, às 10h15 de Brasília, serão divulgados por lá os números da produção industrial de junho. Os dados mostrarão quão forte é a economia norte-americana e, claro, se isso poderá trazer pressões inflacionárias.

Antes disso, porém, o mercado acompanha os discursos de dois “Fed boys” (nome dado aos diretores do banco central americano). Thomas Barkin, presidente do distrito do BC americano de Richmond, fala às 10h Brasília e o diretor Christopher Waller, conhecido por ser uma das vozes mais conservadoras do Fed, fala às 10h35.

O mercado está especialmente atento porque o Fed tem dado sinais de que um corte nas taxas de juros pode estar mais próximo do que se imagina. Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, afirmou recentemente que “se esperarem que a inflação caia para 2%, vão esperar demasiado tempo”. Portanto, agora os investidores procuram novas pistas sobre quando os cortes ocorrerão.

O destaque do dia, porém, é à tarde. O Livro Bege será lançado nos EUA às 15h de Brasília. Para quem não sabe, o documento traz um resumo da situação econômica do país e por isso é acompanhado de perto pelo mercado. Serve de base para as discussões do Fed nas próximas reuniões de política monetária.

Portanto, os seus dados devem ajudar os investidores a prever de forma mais concreta o futuro das taxas de juro naquele país.