O equilíbrio entre pastagens bem manejadas e uma genética adaptada superior pode levar à agricultura regenerativa e à pecuária de baixo carbono Já faz algum tempo que a produção agrícola brasileira saiu de sua zona de relativo conforto e adotou novas práticas e tecnologias. Pela sua própria natureza histórica, o setor produtivo primário é conservador e, por ter sido uma atividade rentável e segura no passado, evitou rupturas, tornando-se uma atividade mais conservadora e patrimonial. Saiba mais taboola O cenário no Brasil começaria realmente a mudar na década de 1990 com a estabilização da economia e o fim dos ganhos especulativos. Soma-se a isso o fato de que a globalização não é mais apenas uma previsão dos economistas e o melhoramento genético de cultivares saltou das bancadas dos pesquisadores para o mercado. Pressionada (e ajudada) por estas novas condições de produção, a agricultura foi a primeira a avançar na busca por ganhos de produtividade. Basta observar a evolução das colheitas de grãos e a incorporação de novas áreas nos últimos 40 anos para confirmar essas mudanças. Globo Rural O setor pecuário reagiu mais lentamente, cedendo inclusive milhares e milhares de hectares para a agricultura corporativa e tecnológica. Em escala progressiva, a atividade pecuária foi se deslocando para áreas marginais, num eixo que a desloca continuamente das regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste e depois para o Norte do país. No panorama da genética, a partir da década de 1990, os programas de criação de aves, suínos e bovinos ganharam força, conscientizando que um animal melhorado é, para a pecuária, o equivalente ao que uma semente melhorada é para a agricultura. . No entanto, estas espécies evoluirão de forma diferente, e as mudanças mais rápidas serão observadas nas aves e nos suínos, dadas as suas diferentes respostas biológicas à seleção e à organização das cadeias produtivas. Leia mais opiniões de especialistas e lideranças agrícolas Porém, o que conta a favor da pecuária no Brasil – quando analisada sob uma perspectiva global – é a nossa vasta extensão territorial, a existência de mão de obra, a abundância de água, uma estrutura fundiária em sua maior parte. é legalmente organizado e possui uma população bovina geneticamente adaptada aos trópicos (o segundo maior rebanho bovino do mundo). A tarefa é organizar e otimizar o uso desses recursos. Não é fácil, mas é possível. Para isso, teremos que cuidar dos desafios gerenciais, tecnológicos, ambientais e sociais. Conhecimento não nos falta, a começar pela base de produção, que são as pastagens, grande trunfo da pecuária tropical. Entender que as pastagens devem ser tratadas como lavouras é o primeiro paradigma a ser quebrado. Com o equilíbrio entre pastagens bem geridas e uma genética adaptada superior, podemos avançar para uma agricultura regenerativa (através da integração lavoura-pecuária, por exemplo) e uma pecuária de baixo carbono. Como participante do mercado internacional, é hora do Brasil se consolidar como um grande produtor sustentável de alimentos. Com a imprevisibilidade climática que se instala, isto é tudo o que os consumidores, de qualquer canto do planeta, querem ouvir. Temos que aproveitar a oportunidade, porque, como dizem, um cavalo selado só passa uma vez. *Luiz Josahkian é zootecnista, professor de melhoramento genético e superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) Nota: As ideias e opiniões expressas neste artigo são de exclusiva responsabilidade de seu autor e não representam necessariamente a posição editorial da Globo Rural
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