Energy as a Service: a energia não é um produto | Colunas

Ainda segundo a Research and Markets, o mercado global de energia como serviço deverá gerar 128,3 mil milhões de dólares até 2030, valorizando assim a circularidade e as fontes renováveis, bem como a autonomia dos consumidores que podem gerar a sua própria energia. .

Minimizando riscos e proporcionando uma redução significativa nos custos de energia elétrica, o modelo EaaS é uma tendência global, principalmente na Austrália, China, Finlândia, Irlanda, Itália, Japão, Suécia, Reino Unido e EUA. Inclusive, alguns deles já oferecem planos de assinatura para ambientes residenciais.

A Energy as a Service também oferece soluções à medida do cliente, pois avalia os dispositivos presentes no local que consomem energia elétrica e, respetivamente, os contadores, para posteriormente escolher a melhor infraestrutura, de acordo com as necessidades da casa. Isto, a longo prazo, não só possibilita poupanças para consumidores e empresários, mas também promove a sustentabilidade.

Além de desejável, a solução EaaS é fundamental para garantir a competitividade no mundo empresarial, pois faz uso de arranjos tradicionais e os concilia com novos modelos alternativos, desenhados de acordo com as necessidades individuais de cada organização. O Brasil já conta com empresas especializadas em energia que oferecem esse sistema e, principalmente, facilitam a jornada do cliente final disposto a fazer a transição.

Porém, assim como o Uber e o Airbnb, que aos poucos ganharam confiança e credibilidade entre os brasileiros, a energia por assinatura ainda requer maturidade e consolidação cultural, principalmente por ser relativamente nova no país. Os consumidores ainda não perceberam plenamente as vantagens deste modelo disruptivo, por isso precisamos divulgá-lo cada vez mais, a fim de promover ofertas de serviços mais inovadoras e que andem de mãos dadas com as tendências do setor.

Portanto, presente na esteira das mudanças pelas quais o setor elétrico vem passando, o Brasil ainda está engatinhando na área com players de diversos portes de forma disruptiva. Porém, com base nos avanços regulatórios e tecnológicos, a expectativa é de aumento na oferta de EaaS ao longo dos próximos anos no mercado brasileiro, principalmente diante da nova dinâmica do setor energético, representada pelos 3Ds – descentralização, descarbonização e digitalização .