Ó Pátria Investimentos anunciou desembolso de R$ 120 milhões na primeira transação debêntures incentivos do Brasil voltados especificamente para o setor de geração distribuída. Os recursos serão destinados ao financiamento da construção de nove usinas solares no Energia AXS espalhados pelos estados de Paraná, Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
O valor faz parte Fundo Pátria Infra Crédito FIDCsendo R$ 100 milhões provenientes da aplicação de recursos do próprio Pátria Infra Crédito FIDC e R$ 20 milhões do Fundo MLDL gerenciado por Moeda. As usinas terão aproximadamente 32 megawatts-pico (MWp) e deverão estar operacionais até janeiro de 2025.
Para o ValorO sócio do Pátria e CIO (diretor de investimentos) do fundo Pátria Infra Crédito FIDC, Marcelo Souza, explica que a operação foi permitida graças às regras do emissão de debêntures incentivadas criada pela Lei 12.431/2011, que ampliou as alternativas de financiamento da economia para pequenos projetos e promoveu a mercado de capital como fonte de recursos de longo prazo.
Segundo o executivo, a operação pode abrir portas para que bons projetos de pequeno porte também tenham acesso a novas modalidades de financiamento, visto que, até então, as empresas do setor buscavam predominantemente Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) como alternativa às debêntures. “Trata-se de uma emissão de debêntures incentivadas lastreadas em geração de energia renovável no Brasil, mais especificamente no segmento de geração distribuída de energia solar”, afirma.
O fundo foi criado em fevereiro e já captou R$ 1,6 bilhão, mas continua buscando novos recursos para investir em projetos de infraestrutura. Segundo Souza, no setor energético, enquadram-se no setor energia pequenos projetos, como Usinas Geradoras Hidrelétricas (CGHs), concessões de pequenas linhas de transmissão, parcerias público-privadas (PPPs) de saneamento e iluminação pública em pequenos municípios e até projetos de mobilidade urbana. guarda-chuva da modalidade. “Também podemos trazer nossos parceiros como coinvestidores”, acrescenta.
A gestora atua no segmento desde 2023 por meio Elis Energiauma plataforma de energia renovável que desenvolve e opera projetos solares no brasil. O executivo explica que são ações diferentes, pois o fundo foi criado para financiar projetos de terceiros.
A sanção do marco legal da geração própria de energia (ou geração distribuída), em 2022, criou um sentimento de urgência no desenvolvimento de novos projetos nesta área no país. Desde então, o setor está em uma “corrida ao sol” para garantir o subsídio gratuito para cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, conhecida como Tusd, até 2045. Os subsídios do setor estão incluídos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). ) , fundo financiado por outros consumidores via tarifa.
O marco instituiu a cobrança gradual dessa taxa, a partir de 7 de janeiro de 2023, até atingir 29% em 2030, o que deve tornar menos atrativos os projetos do setor. De acordo com dados de Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)Brasil tem quase 31 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria eletricidade que atendem 3,9 milhões de unidades consumidoras (UCs) distribuídas em todo o Brasil.
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