A Polícia Federal afirmou nos autos da operação desta quinta que a “Abin Paralela”, que teria existido de 2019 a 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tinha “alto potencial ofensivo” e foi responsável por “inúmeras ações clandestinas” durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro.
Segundo a PF, os recursos humanos e técnicos empregados pela estrutura paralela “recorreram a sistemas oficiais e clandestinos para obter os dados necessários ao estratagema criminoso”.
A PF narra que o núcleo paralelo de investigação e fiscalização contava com um núcleo formado por policiais federais lotados na Abin e por oficiais da Abin que atuavam sob o comando do então diretor Alexandre Ramagem.
“Tais ações visavam essencialmente a obtenção de vantagens através de ataques sistemáticos a adversários nomeados, ao sistema eleitoral, bem como a instituições públicas que eventualmente contrariassem os interesses do núcleo político”, narram os investigadores no relatório da representação policial.
Todo esse esquema, segundo a PF, se materializou para atacar instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adversários por meio da propagação de fake news e do sistema de votação eletrônica.
A Polícia Federal afirmou que o uso do sistema Primeira Milha para monitorar adversários por meio da estrutura “Abin paralela” era de conhecimento da liderança da Abin durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
Segundo a PF, “o sistema Primeira Milha foi utilizado em ações clandestinas pela estrutura paralela infiltrada na Abin com pleno conhecimento dos policiais federais lotados na Abin”.
Ainda segundo a investigação, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet, que participou da segurança de Bolsonaro nas eleições de 2018 e era subordinado a Alexandre Ramagem, “não só tinha plena consciência da existência” do uso da Primeira Milha “, mas seus subordinados tinha credenciais de acesso ao sistema”. Ele foi um dos cinco presos na operação desta quinta.
Policiais federais teriam monitorado Allan Lucena, ex-companheiro de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente, que rompeu vínculo com a família e denunciou o esquema de espionagem.
A participação de Bormevet no esquema, segundo a PF, também é corroborada por conversas obtidas por membros do órgão também investigado em 2023, quando a existência da Abin paralela começou a ser investigada.
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