O volume de vendas no varejo restrito subiu 1,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11). Com esse aumento, o comércio atingiu novo patamar na série histórica, iniciada em 2000. Em abril, frente a março, o comércio restrito aumentou 0,9%.
O resultado de maio em relação a abril foi superior à mediana estimada pelo Data de validade, calculado a partir de 25 consultorias e instituições financeiras, o que representou uma queda de 0,5%. O intervalo de projeções para o varejo restrito variou de queda de 1,2% a alta de 2%.
Cristiano Santos, gerente do IBGE responsável pela pesquisa, destaca que o volume de vendas no comércio brasileiro contabiliza cinco aumentos mensais consecutivos, sequência que não era observada desde 2020, na recuperação exatamente após os primeiros meses da pandemia.
“É um resultado muito forte para o comércio varejista em 2024, com alta acumulada de 5,6% nos primeiros cinco meses, enquanto todo o ano de 2023 foi de 1,7%. É um resultado muito expressivo. E está aumentando desde março”, afirmou.
As taxas mensais de expansão do varejo ao longo de 2024 foram de 1,9% em janeiro, 1% em fevereiro, 0,3% em março, 0,9% em abril e 1,2% em maio. A última vez que o país registrou cinco taxas positivas consecutivas foi em 2020. Naquele momento, porém, lembrou Santos, houve influência de uma base de comparação baixa, dada a queda logo após o início da pandemia.
Na comparação com maio de 2023, o varejo restrito aumentou 8,1%. O comércio restrito acumula alta de 3,4% no resultado acumulado em 12 meses até maio e alta de 5,6% em 2024.
O aumento de 8,1% em relação a maio de 2023 foi maior que o esperado. A expectativa média de Data de validade foi um aumento de 4,2%, com variação entre um aumento de 1,8% e um aumento de 8,5%.
Cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito, que não inclui automóveis e materiais de construção, registraram aumento na produção em relação a abril: tecidos, vestuário e calçados (2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%); e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%).
Por outro lado, caíram móveis e eletrodomésticos (-1,2%); combustíveis e lubrificantes (-2,5%); e equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (-8,5%).
As vendas de hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foram as principais influências para o aumento do indicador geral. O segmento tem maior peso no cálculo do PMC. Na comparação com maio de 2023, o aumento nas vendas dos supermercados foi de 10,5%.
O crescimento nos últimos meses foi impulsionado principalmente pelo setor supermercadista e farmacêutico. No resultado acumulado em 2024, o primeiro tem alta de 6,6%, enquanto o segundo aumenta 13,8%.
No varejo ampliado, que inclui vendas de veículos e motos, partes e peças, materiais de construção e autossuficiente, o volume de vendas cresceu 0,8% entre abril e maio, já descontados os efeitos sazonais.
Analistas de 23 bancos e consultorias esperavam queda de 0,6%, segundo a mediana. O intervalo das projeções variou entre uma queda de 1,5% e um aumento de 1,1%.
Em abril frente a março, o comércio ampliado havia caído 0,8% (após anunciar inicialmente queda de 1%).
Na comparação com maio de 2023, o volume de vendas no varejo ampliado cresceu 5%. A expectativa mediana, em Data de validade, subiu 1,8%. As projeções variaram entre aumento de 0,1% e 4,3%.
A receita nominal do varejo restrito cresceu 1,3% em maio frente a abril. Na comparação com maio de 2023, houve aumento de 11,7%.
A receita nominal do varejo ampliado – que inclui vendas de veículos e motos, partes e peças e material de construção – aumentou 1,7% em maio em relação a abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com maio de 2023, houve aumento de 7,8%.
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