A segunda contribuição das abelhas para a nutrição humana deriva da polinização. Ao coletar grãos de pólen para alimentar seus filhotes, as abelhas visitam inúmeras flores, transportando esses grãos de uma flor para outra. Esse processo é vital para a reprodução das plantas, garantindo a conservação das florestas e a produtividade agrícola.
Com o apoio das abelhas, a humanidade pode consumir alimentos nutritivos e abundantes. No entanto, se houver falta de abelhas nos campos agrícolas, poderá haver um défice de polinização generalizado e em grande escala. Isto pode levar a uma diminuição da produtividade agrícola, à escassez de alguns alimentos, à inflação dos produtos alimentares e até à desnutrição e à fome em muitas partes do mundo. Um estudo recente, realizado por investigadores do Brasil, Nepal e Reino Unido, trouxe à luz uma implicação que poderá ter consequências ainda mais graves para a nutrição humana se o declínio das abelhas persistir: a produção global de proteínas também poderá ser afetada.
A falta de proteínas na dieta humana pode causar deficiências nutricionais, enfraquecer o sistema imunológico, atrasar o desenvolvimento e aumentar significativamente a mortalidade por outras doenças. O estudo destaca que o déficit de polinização pode impactar os hábitos alimentares tanto de pessoas que preferem consumir, por razões fisiológicas ou éticas, alimentos ricos em proteínas vegetais, como os veganos, quanto daqueles que adotam uma dieta tradicional. baseiam-se em carne bovina e similares, e consomem proteínas principalmente de origem animal. O estudo sugere que, independentemente dos hábitos alimentares destas pessoas, todas elas serão afetadas se as abelhas desaparecerem.
No caso de pessoas com dieta carnívora, pode parecer estranho dizer isso, já que a pecuária parece não ter relação com o serviço de polinização. Mas é aqui que o estudo destaca algumas questões interessantes. Em todo o mundo, inclusive no Brasil, é comum que os produtores rurais complementem a alimentação oferecida ao gado com culturas forrageiras, como alfafa, trevo e soja, que dependem ou se beneficiam da polinização pelas abelhas.
No caso da soja, isso é ainda mais emblemático porque, embora tenha uma produtividade satisfatória sem a presença de abelhas, com esses polinizadores a produtividade pode aumentar em torno de 20%, e em alguns casos, até 40%, o que irá impactar diretamente quem irá consumi-lo. A soja é consumida mundialmente e faz parte da culinária de muitos países. Também pode ser usado como biocombustível. No entanto, é inegável o seu valor como complemento alimentar para a pecuária, de onde a população humana obtém grande parte dos seus alimentos (carnes, laticínios) ricos em proteínas de origem animal.
A queda na produtividade da soja, por exemplo, devido à má polinização pode levar à redução da oferta e ao aumento do preço do farelo de soja, que será repassado aos produtores rurais e, consequentemente, aos consumidores finais, impactando todo o cadeia de consumo.
Portanto, é crucial protegermos a diversidade das abelhas, garantindo que tenham uma ampla oferta de recursos florais e locais de nidificação. A preservação das abelhas é vital para manter a produção global de proteínas, porque, quer goste de cereais ou de bife, os veganos e os carnívoros dependem, até certo ponto, destes polinizadores para manterem as suas dietas ricas em proteínas.
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