O plenário de Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) o pedido urgente para agilizar a tramitação do principal projeto de lei que regula a reforma tributária (PLP 68/2024) dos impostos que incidem sobre o consumo – IBS, CBS e Imposto Seletivo. Dos presentes, 322 deputados votaram a favor, enquanto 137 foram contra. Houve três abstenções.
O mérito do texto será analisado diretamente no plenário da Câmara, em sessão marcada para começar nesta quarta-feira (10), às 10h. A sessão desta terça-feira já terminou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Na semana passada, ele já havia pedido urgência constitucional para a proposta. Houve dúvida entre os líderes sobre a necessidade de votar também o pedido de urgência no plenário ou se o projeto poderia ir direto para apreciação do mérito. O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)decidiu cumprir o procedimento para evitar questionamentos.
Segundo fontes, a votação serviu também para dar aos alagoanos um termômetro sobre a disposição dos partidos em votar o assunto. A urgência teve 65 votos a mais que o necessário para ser aprovada. Apenas os partidos Novo e PL e a minoria e a oposição foram contra. O deputado Adriana Ventura (Novo-SP) argumentou que o projeto precisa ser melhor discutido porque está cheio de “estupidez”.
No plenário, Lira criticou parlamentares que acusaram não haver debate e transparência em relação à regulamentação da reforma tributária. “O plenário pode ter reflexões ideológicas para um lado, para outro, agora acusar, dizer que faltou debate e transparência não é correto”, disse o presidente da Câmara.
O parecer sobre o projeto enviado pelo governo foi apresentado na última quinta-feira por um grupo de trabalho criado por Lira. Até esta noite, os deputados negociavam mudanças. O impasse maior é quanto à inclusão ou não de proteínas animais, como a carne, na cesta básica isenta. Atualmente, essas proteínas pagarão uma alíquota de 40% do padrão.
Uma alternativa que está sendo desenhada é aumentar a “dinheiro de volta” de carne para famílias carentes. O cashback é um mecanismo já previsto na reforma para devolver os impostos pagos às famílias inscritas no Cadastro Único do governo federal. A opção é considerada porque a inclusão de proteínas animais na cesta básica que não paga impostos teria um impacto de 0,53 pontos percentuais (pp) na taxa normal de referência do IVA, calculada em 26,5%. É uma das orientações dos líderes da Câmara fazer mudanças que não aumentem esse índice. O Imposto sobre Valor Agregado unificará cinco impostos.
Outro ponto polêmico, a inclusão de armas no Imposto Seletivo deve ser definida em votação durante a apreciação no plenário da Câmara. A solução reflecte o facto de se tratar de uma decisão política, disseram os parlamentares.
Também está sendo estudado pelos parlamentares que as contas de água e luz têm reembolso de 100% do imposto federal para a população mais pobre. O projeto enviado pelo governo prevê a restituição de 50% do imposto federal e 20% do imposto para estados e municípios.
Além disso, estariam avaliando que os medicamentos rotulados têm alíquota zero, o que representaria um impacto de 0,21 pp na alíquota padrão referencial.
Na semana passada, o grupo de trabalho (GT) criado por Lira para apresentar parecer sobre o projeto trouxe dezenas de alterações. Ó Imposto Seletivoque será criado pela reforma para desencorajar o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, passará a incluir carros elétricosconcursos de previsão (loterias, apostas e sorteios) Isso é “jogos de fantasia” (em que o jogador simula um time esportivo e ganha ou perde com base nos resultados do mundo real). Em relação aos caminhões, não haverá mais incidência de Seletiva.
O GT também reduziu a tributação dos itens de saúde menstrual, como absorventes internos, e previu que o viagra (sildenafil), usado para disfunção erétil e hipertensão pulmonar, será tributado em 10,6%. Pelo projeto do governo, os absorventes pagariam impostos e o Viagra não.
O parecer também fez alterações para incluir setores com muitas votações e facilitar a aprovação. Bares e restaurantes terão direito ao regime de crédito e poderão excluir custos de entrega (entrega) da base de cálculo do imposto. Houve também redução da carga tributária da construção civil.
Outra novidade foi a determinação de que os fornecedores da administração pública só pagarão os impostos após o recebimento do pagamento. Por fim, os parlamentares fizeram melhorias no sistema de crédito e no “Pagamento parcelado” (que distribuirá automaticamente impostos entre Estados e municípios e agilizará o crédito de impostos para empresas).
Um novo parecer poderá ser apresentado amanhã pelo GT. Mas, de acordo com o Valor, a tendência é que poucas alterações e que a maioria das recomendações se transformem em alterações, que podem ou não ser acatadas. Algumas delas, se rejeitadas, poderão ganhar destaque.
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