Soja recua em Chicago após bom desenvolvimento da safra nos EUA

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Condições para as lavouras no país são as melhores da história, segundo consultor de mercado A soja fechou com preços baixos na Bolsa de Chicago, devido à melhora nas condições das lavouras americanas, e ainda pressionada pela queda significativa do óleo de soja. Nesta terça-feira (7/9), os contratos da oleaginosa para agosto caíram 1,54%, com valor de US$ 11,3125 por bushel. Leia também Preços da soja caem no Brasil, após queda dos preços do trigo Chicago mesmo com tempo seco preocupando o mercado Na sessão desta terça, os preços futuros responderam ao bom desenvolvimento da safra 2024/25 nos Estados Unidos, que já finalizou o plantio. Segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA), o índice de lavouras em boas e excelentes condições subiu de 67% para 68% na semana passada, o que coloca a safra americana nas melhores condições da história, segundo Vlamir Brandalizze, consultor de mercado. Ainda segundo ele, a queda de mais de 4% nos valores do óleo de soja também contribuiu para a queda do grão. “China e Índia, dois grandes importadores de óleos vegetais, indicaram que vão se afastar das compras por um período. Como muitos seguraram as vendas, há um excesso de oferta no momento, que acaba repercutindo na soja”, afirma. Em meio a tantas notícias consideradas negativas para os preços, Brandalizze diz que os investidores na bolsa estão tentando entender qual é o “fundo do poço” para os preços, que neste momento seria de US$ 10,50 o bushel, segundo ele. Milho Após atingir os níveis de preços mais baixos desde 2020, o milho registrou leve recuperação em Chicago. Os contratos para entrega em setembro aumentaram 0,19%, para US$ 3,94 o bushel. Para Vlamir Bradalizze, a queda do milho no mercado internacional está no limite e esse movimento deve cessar em breve. “O mercado provavelmente está antecipando pressões para o início da colheita nos EUA, mas o preço deve voltar a subir após cortes na produção no Brasil e na Argentina, que poderiam ser feitos pelo USDA, e devem retirar 15 milhões de toneladas da exportação global excedente”, afirma. O consultor também acredita numa valorização do cereal impulsionada por elementos técnicos, já que este ano, até junho, o preço caiu 8,36% na bolsa. “Tecnicamente não há mais espaço para desvalorizações no milho. A relação é muito desfavorável para a soja e hoje o preço não cobre o custo do produtor americano, que é de US$ 4,40 por bushel”, avalia Brandalizze. Trigo Prevaleceu uma alta técnica na direção dos preços do trigo na Bolsa de Chicago. Os contratos de cereais para setembro fecharam em alta de 0,26%, a US$ 5,72 o bushel. Saiba mais taboola O avanço é justificado por um reposicionamento dos investidores, que viram a queda de 3,39% na véspera como uma oportunidade para comprar ações. As questões técnicas ultrapassaram os fundamentos da oferta, uma vez que permanecem as indicações de uma boa colheita nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura do país disse ontem que a colheita de trigo de inverno dos EUA atingiu 63% no último domingo. Nesta mesma época do ano passado, as obras atingiram 43% da área, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 52%.



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