Naquele mês, Bolsonaro esteve na Arábia Saudita, onde recebeu de presente um conjunto de joias denominado “kit de ouro branco”, composto por anel, abotoaduras, rosário islâmico (“masbaha”) e um relógio Rolex de ouro branco. Segundo a PF, esses itens foram desviados por Bolsonaro, seu então ajudante de campo Mauro Cesar Cid, e o então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), Marcelo Vieira.
Em novembro de 2021, Bolsonaro visitou o Reino do Bahrein, onde recebeu de presente um relógio Patek Phillipe Calatrava. “Diferentemente do ‘kit ouro branco’, o relógio sequer foi enviado ao GADH para que o bem fosse tratado e destinado ao acervo público”, diz o relatório. “Neste caso, o bem foi roubado diretamente pelo ex-presidente.”
Ainda durante o mandato de Bolsonaro, em junho de 2022, esses objetos foram levados para os Estados Unidos, no avião presidencial, e vendidos em lojas especializadas nos Estados Unidos, diz a reportagem.
“O mesmo modus operandi foi realizado para desviar um conjunto de artigos masculinos da marca Chopard contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (“masbaha”) e um relógio recebido pelo então Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, após viagem à Arábia Saudita, em outubro de 2021”, diz a reportagem.
Nesta ocorrência, diz o documento, “ao grupo criminoso juntou-se Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, então ministro de Estado de Minas e Energia, que trouxe as joias para o Brasil, de forma oculta, sem informar as autoridades aduaneiras. .”
Esses itens foram levados aos Estados Unidos em dezembro de 2022 por Mauro Cid, “por ordem de Jair Bolsonaro”, diz a reportagem. O kit foi leiloado em Nova York em fevereiro de 2023.
Após a chegada das mercadorias aos Estados Unidos, diz o relatório, Bolsonaro recorreu a intermediários para integrar o produto da venda das mercadorias nos seus bens pessoais. Mauro Cid, segundo a PF, atuou como “capataz” do ex-presidente ao negociar a venda das joias “com o objetivo de ocultar o verdadeiro dono e beneficiário final da venda dos bens (Jair Bolsonaro)”.
A defesa de Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (8) que o ex-presidente, como chefe do Executivo, “não teve nenhuma interferência, direta ou indireta” na análise dos presentes que lhe foram oferecidos durante seu mandato. O comunicado também questiona a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o caso deveria ter sido remetido à primeira instância do Poder Judiciário.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo