A corretora de investimentos XP orienta que os brasileiros tenham cautela ao assumir riscos de investimentos no segundo semestre deste ano, evitando excessos na renda variável. Por outro lado, a dica da casa é aproveitar os altos prêmios de risco na renda fixa, principalmente em títulos que acompanham a inflação.
Na análise da casa, o cenário mais provável é que as taxas de juros americanas comecem a ser cortadas em dezembro de 2025 e que a inteligência artificial continue a mudar o cenário dos negócios no mundo. Por outro lado, as taxas de juros americanas permanecerão elevadas e voláteis por mais tempo em meio às incertezas quanto à atividade econômica, à inflação e ao mercado de trabalho nos Estados Unidos, o que traz grandes desafios para a construção da carteira de aplicações financeiras.
Ainda na avaliação da corretora, o ambiente brasileiro é complexo e, consequentemente, tem prêmios de risco elevados. Na visão da XP, a percepção de risco político e fiscal aumentou e, neste cenário, os juros permanecerão no patamar atual de 10,50% por muito tempo, apesar de a chance de aumento dos juros nos próximos trimestres parecer ser maior do que a chance de novos cortes.
Segundo a casa, a política fiscal continua sendo uma grande vulnerabilidade e a política de taxas de juros do Banco Central continua refém do aumento das projeções de inflação. Portanto, o dólar chegou acima de R$ 5,40, o Ibovespa está sendo negociado em múltiplos historicamente baixos e os títulos que acompanham a inflação estão sendo negociados a taxas reais (descontada a inflação) superiores a 6,30%.
Com esse histórico, a corretora orienta que o brasileiro diversifique seus investimentos para aproveitar esses altos prêmios de risco, mas tenha cautela ao investir em renda variável. Veja abaixo os investimentos favoritos da XP:
Ações de empresas de qualidade
Após o Ibovespa cair 7,7% em reais e 19,5% em dólares – o pior desempenho entre os mais importantes mercados globais – no primeiro semestre, a casa continua vendo fundamentos de melhoria para as ações brasileiras e manteve seu valor justo do Ibovespa em 145 mil pontos (atualmente está em 126 mil pontos) para o ano de 2024. A corretora avalia que os principais catalisadores serão o início dos cortes de juros nos Estados Unidos e um melhor fluxo de notícias sobre monetárias e tributárias.
Contudo, o cenário econômico externo volátil, as incertezas sobre as políticas monetárias e fiscais internas e a maior interferência governamental nas empresas ainda estão em foco. Por isso, a XP aconselha ficar longe de nomes de empresas cíclicos. A recomendação é escolher empresas de qualidade e geradoras de caixa.
A casa afirma que observa uma melhora nas empresas brasileiras, com empresas gerando muito caixa e distribuindo dividendos acima da média e expectativas de lucro sendo revisadas para cima.
Títulos indexados à inflação e pré-fixados
A corretora aconselha correr mais riscos em aplicações financeiras de renda fixa para aproveitar as altas taxas que vê nos títulos prefixados e inflacionários no Brasil. Porém, ele recomenda optar por títulos com prazo de vencimento mais curto, inferior a três anos.
Os títulos preferenciais são aqueles que acompanham a inflação do Tesouro Direto, que estão pagando inflação acima de 6% de juros reais. Além da atratividade das taxas, os títulos protegem contra a inflação, que deverá permanecer acima da meta do Banco Central), caso sejam mantidos até o vencimento.
Além destes, os títulos pré-fixados voltaram a pagar taxas próximas a 12% ao ano (ou superiores, no caso dos títulos privados), patamar que não era observado há alguns meses. Apesar de ver uma oportunidade, a XP reforça que as incertezas podem causar volatilidade adicional, por isso recomenda prazos mais curtos, de até três anos.
Fundos imobiliários de papel
A XP é construtiva com os fundos imobiliários, mas alterou a recomendação para esses produtos em relação ao início do ano diante das incertezas no país e do aumento das taxas de juros, que tornam o cenário para esta categoria mais desafiador.
Agora, ele orienta que os brasileiros busquem mais rendimentos (chamados de “dividend yield”) por meio de fundos de recebíveis imobiliários, os chamados “fundos de papel”, e não por meio de fundos tijolos, que são mais sensíveis às oscilações das taxas de juros. . Os fundos de papel trazem mais resiliência às carteiras, principalmente aquelas com melhor relação risco e retorno, mais conhecidas como “high grade”.
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