Os impactos do novo ciclo da inteligência artificial (IA) já podem ser observados em praticamente todos os setores e áreas de negócio. De acordo com a última edição do relatório Work Trend Index, cerca de 79% dos líderes globais acreditam que a adoção de ferramentas de IA é essencial para manter a competitividade das suas organizações. O estudo entrevistou profissionais de 31 países e revelou ainda que 75% das pessoas já utilizam alguns desses recursos em suas rotinas de trabalho — 90% delas relatam economizar tempo com tarefas burocráticas e repetitivas.
Em meio às possibilidades abertas pelo cenário atual, a incorporação de soluções orientadas por reais objetivos de negócio tem se apresentado como fator fundamental para explorar oportunidades de forma mais assertiva. “O primeiro passo é avaliar se a empresa realmente precisa de uma solução mais sofisticada ou de uma ferramenta de automação mais simples. Este processo começa com o diagnóstico de aplicações que tenham potencial comprovado para melhorar os processos operacionais e as experiências dos clientes”, afirma Carlos Morais, diretor executivo da Brasil Globaluma consultoria digital presente em 25 países.
Entre as principais vantagens competitivas oferecidas pelos investimentos em novas tecnologias, Morais destaca as oportunidades de customização, treinamento de equipes e análise inteligente de grandes bases de dados — as aplicações vão desde processos de reembolso de seguradoras até pesquisas jurisprudenciais em escritórios de advocacia. “Muitos gestores sentem uma enorme ansiedade em começar a usar as ferramentas. Mas não adianta tentar montar um conjunto de plataformas aleatórias: é preciso baseá-lo em indicadores concretos de ganhos de eficiência, velocidade e produtividade”, afirma Morais.
As soluções desenvolvidas pela Globant incluem plataformas como MagnifAI, um sistema de IA generativa que acelera ciclos de testes em tarefas repetitivas de controle de qualidade. Utilizado por empresas como a Disney, o MagnfAI permite, por exemplo, automatizar processos de aprovação de telas em dispositivos interativos (como tablets, smartphones e totens digitais), sugerindo e até realizando eventuais ajustes em tempo real. A taxa de redução do tempo entre o desenvolvimento e o lançamento das versões finais é de até 70%.
Para as organizações em fase inicial de testes, o executivo recomenda uma postura marcada pela combinação de experimentação, treinamento e investimentos voltados para resultados. “Em vez de fazer uma grande aposta, pode ser mais interessante começar de forma simples e explorar as ferramentas aos poucos. Além disso, é preciso criar iniciativas que abram espaço para o desenvolvimento de competências, como programas, laboratórios especializados e centros de treinamento”, afirma. “A formação é fundamental: quando as equipas e os líderes estão preparados e engajados neste processo, naturalmente começam a fazer as perguntas certas para nortear o futuro das suas organizações”, acrescenta Morais
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