O Itaú Unibanco apresentou hoje detalhes sobre seu super app. O banco está mesclando seis aplicativos diferentes (Itaú, Itaú Cartões, Credicard, Credicard On, iti e Hipercard) no app principal, trazendo “para dentro” do banco 15 milhões de clientes, que hoje não têm acesso a uma oferta completa de produtos e Serviços. A parte societária, a plataforma de investimentos Ion e a corretora Avenue continuarão com apps separados.
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O plano do Itaú é migrar esses 15 milhões de clientes até o final de 2025, mas o banco afirma que esse prazo máximo pode ser antecipado, dependendo da adesão dos clientes. Com o tempo, os outros aplicativos mesclados serão descontinuados. Além disso, agora em julho o banco lança quatro grandes funcionalidades: central de cartões, central de pagamentos, crédito pix e a função “guardar dinheiro” (muito parecida com as “caixinhas” que os bancos digitais já oferecem).
Quem já possui o app Itaú não precisa fazer nada, as atualizações serão automáticas. Usuários de outros aplicativos terão que baixar o app Itaú, mas como o banco utiliza dados cadastrais, a transição é simples e rápida, levando menos de 2 minutos. O banco realizou um piloto com 15 mil clientes e afirma que 98% dos usuários que iniciam a transação a concluem, transformando o “funil” de captação de clientes em um “cilindro”. Dos que fazem a transição, 70% são “promotores”, ou seja, apesar do atrito normal da mudança, aprovam as novidades.
Segundo Estevão Lazanha, diretor de canais digitais e além da banca, o lançamento da superapp marca o “amanhecer de uma nova era de experiências, com hiperpersonalização e foco nas necessidades do cliente”. João Araújo, diretor de negócios, plataformas e experiências digitais, diz que não se trata de “fechar a brecha” em relação às ofertas competitivas. “Estamos estabelecendo um novo padrão, temos uma vantagem competitiva muito sólida e é muito difícil para alguém copiar a nossa completude de soluções”.
Rubens Fogli, diretor de cartões, contas e pagamentos, reforça que o foco do Itaú com o superapp não foi a concorrência. “Nosso foco é a centralização no cliente. Há muitas coisas que temos, ou que a concorrência tem, e que não temos, mas isso não faz diferença para o cliente. e banco completo, entregando soluções adequadas para todos os perfis”. Segundo ele, um cliente de banco tem três vezes mais engajamento do que um usuário do mesmo perfil que só utilizou o aplicativo de cartão, por exemplo.
Lazanha explica que o Itaú ganhará muita eficiência e agilidade ao concentrar tudo em um único app e não precisar mais cuidar de manutenção e atualização de seis aplicativos diferentes. “Isso favorece a digitalização, beneficia a linha de custos, reduz o churn [rotativade de clientes]. Segundo Araújo, embora a integração dos apps PF e PJ não esteja no radar agora, o modelo de linguagem de larga escala (LLM) proprietário do Itaú traz diversas vantagens e facilitaria essa eventual fusão caso o banco opte por esse caminho no futuro.
Entre as funcionalidades que o Itaú lança este mês, na central de cartões, o cliente poderá gerenciar seus cartões de crédito com facilidade, transferindo saldos de um para outro, posteriormente parcelando compras que foram originalmente feitas à vista e até mesmo quitando compras antecipadas parceladas – com desconto de 9,5% oferecido pelo banco. A central de pagamentos ajudará na organização financeira do usuário, com recomendações personalizadas feitas através do uso de inteligência artificial. No Pix Crédito será possível realizar pagamentos instantâneos utilizando o saldo do cartão de crédito, e a função “economizar dinheiro” possui espaços separados, com objetivos específicos, para ajudar o usuário a economizar.
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