A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por atuar no desvio de joiarelógios, esculturas e outros itens de luxo recebido por ele como representante do Estado brasileiro em viagens oficiais.
O relatório final da investigação será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. O Ministério Público Federal (MPF) também precisa se pronunciar sobre o assunto e decidirá se apresenta denúncia ao STF, solicita novas investigações ou pede o encerramento do inquérito.
Um dos personagens centrais deste caso é o Tenente Coronel Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada com a PF e também foi indiciado. Segundo o jornal “O Globo”, Bolsonaro e seu ex-assessor são suspeitos de práticas como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Até o início desta noite, os autos do inquérito permaneciam em poder da PF e, segundo a assessoria de Moraes, ainda não haviam sido encaminhados ao Supremo.
Além de Bolsonaro, foram indiciados:
- Bento Albuquerqueex-ministro de Minas e Energia
- Fabio Wajngartenex-secretário de Comunicação Social
- Frederico Wassefadvogado da família Bolsonaro
- José Roberto Bueno Jr.;
- Júlio César Vieira Gomes;
- Marcelo Costa Câmara;
- Marcelo da Silva Vieira;
- Marcos André dos Santos Soeiro;
- Mauro César Barbosa CidEx-ajudante de campo de Bolsonaro
- Mauro César Lourena Cidpai de Mauro Cid
- Osmar Crivelattitenente e ex-membro da equipe presidencial de Bolsonaro
As suspeitas começaram em 2021
A investigação do caso das joias começou em março do ano passado, depois que o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que, em outubro de 2021, membros do governo Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit entregue pelo governo saudita que continha peças cravejadas de diamantes.
O pacote ficou com um assessor do então Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Na época, o próprio ministro tentou convencer os agentes a liberarem os diamantes.
Com base nessas informações, a PF instaurou investigação e, em agosto de 2023, acionou o Operação Lucas 12:2que tinha como alvo o pai de Mauro Cid e outros personagens, como o advogado Frederico Wassef e o tenente Osmar Crivelattique também fez parte da equipe presidencial de Bolsonaro.
As investigações mostraram que foi montado um esquema para vender joias, relógios, esculturas e outros objetos valiosos nos Estados Unidos. Na época das transações, Lourena Cid chefiava o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami.
Recentemente, a PF descobriu a existência de uma nova joia, após realizar investigações nos EUA. No mês passado, Mauro Cid e seu pai foram chamados para prestar depoimento sobre o assunto.
Em março, a PF indiciou Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas no caso que investiga falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19. A Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, pediu o aprofundamento das investigações e, esta quinta-feira, houve uma nova operação.
O que dizem os acusados
Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a acusação. O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt afirmou que essa medida não altera em nada a linha de defesa. “A acusação é apenas mais uma fase das investigações”, disse ele.
O advogado Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro, disse que a acusação é uma “afronta jurídica” e não uma prova contra ele. Seu papel no episódio, diz ele, foi o de advogado. “Minha orientação jurídica foi que os presentes recebidos pelo ex-presidente da República fossem imediatamente devolvidos ao Tribunal de Contas da União”, afirmou. “Tentar me incriminar é um absurdo e revela a fragilidade das denúncias feitas sistematicamente pela Polícia Federal nos últimos 18 meses”, acrescentou.
Em uma nota, Frederico Wassef disse que comprou um relógio Rolex nos EUA com recursos próprios para devolver o item ao governo federal. A compra, segundo ele, não foi feita a pedido de Bolsonaro ou de Mauro Cid. O advogado disse ter apresentado documentos que comprovam suas alegações. “Nem eu nem os demais advogados do ex-presidente tivemos acesso ao relatório final, o que choca a todos, o vazamento para a imprensa de peças processuais que estão sob sigilo judicial. Estou passando por tudo isso apenas por exercer a advocacia em defesa de Jair Bolsonaro. ”
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