O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quinta-feira (4), em Salto, no interior de São Paulo, da entrega de 280 ambulâncias de Samu previsto no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com a presença de ministros e prefeitos dos municípios premiados com veículos, Lula criticou a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)aliado de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “[Tarcísio não vai a] nenhum lugar que eu convide”, disse o presidente.
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Lula tem agenda nesta quinta-feira em dois municípios paulistas que, nas eleições de 2022, deram vitória a Bolsonaro: além de Salto, ele visita Campinas esta tarde, onde entrega obras viárias do BRT e de um viaduto, ambos construídos com recursos do Nono PAC. Tarcísio também viaja pelo interior, com horários em Lençóis Paulista, Bauru, Lins e Tupã.
“Preciso governar não para o povo do PT, mas para o povo do país. De todos os partidos. O governador não precisa gostar de mim. Tenho que cuidar dessas pessoas sem perguntar se gostam de mim ou não. Não importa se é Palmeiras, Corinthians, evangélico ou católico”, afirmou.
O presidente então se referiu especificamente a Tarcísio e ao governo de seu padrinho político, Bolsonaro: “Que pena, o governador poderia vir conosco. Ele não vem a lugar nenhum que eu convide. Ele é convidado, mas não vem. Ele disse que o dinheiro é do BNDES, não do Lula. Mas no governo deles, o BNDES não emprestou um centavo.”
As ausências de Tarcísio começaram no início do ano, depois de apoiadores de Bolsonaro manifestarem irritação com o fato de o governador de São Paulo ter subido em um palanque com Lula para anunciar as obras do túnel Santos-Guarujá, no litoral do estado. O acontecimento gerou desconforto na oposição porque tanto Lula quanto Tarcísio trocaram acenos durante a cerimônia.
No fim de semana, durante cerimônia de divulgação das obras do Metrô na capital paulista, o presidente também manifestou publicamente seu incômodo com a ausência de Tarcísio e também do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Bolsonaro apoia a pré-candidatura de Nunes à reeleição.
Lula estava acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckminpresença constante em visitas presidenciais a cidades do interior paulista (Alckmin governou o Estado por 14 anos, em dois momentos distintos), além de ministros Nísia Trindade (Saúde), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Márcio França (Empreendedorismo).
Lula critica negacionismo na pandemia
Durante seu discurso sobre a importância do Samu, Lula chamou Bolsonaro de “irresponsável” por sua postura negacionista durante a pandemia de covid-19. “Decidimos renovar novamente a frota do Samu depois de um inverno longo e sombrio. Não há país no mundo com mais de 100 milhões de habitantes que tenha um Sistema Único de Saúde (SUS) como o nosso. uma época em que tivemos um governante irresponsável foram nossos companheiros do Samu que continuaram tentando salvar a vida das pessoas. Nunca vi ninguém inventar um remédio para malária para tratar a Covid e o SUS está aqui”, acrescentou. Presidente.
Segundo Nísia, a previsão, este ano, é entregar 1.780 veículos novos ao Samu. O objetivo do governo é atingir 100% de cobertura do Samu em território brasileiro até o final do mandato de Lula. “E a alocação, senhor presidente, foi feita sem nenhum critério partidário ou ideológico. O critério é o tempo de uso”, apontou o ministro da Saúde.
Lula elogiou muito o ministro e destacou que teve muito orgulho de ter criado o Samu, que fez parte do Plano Nacional de Atendimento Emergencial, criado em seu primeiro ano de mandato, em 2003, e implementado a partir do ano seguinte.
Em seguida, Lula comparou sua biografia com a de seus antecessores. “Trato a questão da saúde como se fosse uma criança, quero bem, quero que dê certo. Este país teve muitos presidentes, teve um presidente agricultor, um presidente sociólogo, mas é a primeira vez que teve um metalúrgico Então ninguém precisa avaliar se somos bons ou maus. Pegue as biografias de outros presidentes e veja o que foi feito neste país. As pessoas mais humildes não são levadas a sério, apenas são levadas a sério. em estatísticas”, acrescentou.
Por último, o Presidente da República sublinhou que a sua administração governa para o povo sem olhar para o colorido político. “Você já imaginou que eu ia convidar o Alckmin para ser meu vice-presidente, já que ele me derrotou tantas vezes [em São Paulo]?”, perguntou ele.. Eu deveria repreendê-lo. Mas não preciso governar para o povo do PT, preciso governar para o povo do Brasil. Tem gente que enfrenta todos os problemas e eu tenho cuidar das pessoas”, concluiu.
Atravessado pelo rio Tietê, o município de Salto tem aproximadamente 120 mil habitantes e é administrado pela Laerte Sonsin Jr., eleito em 2020 com apoio do bolsonarismo. Ele não esteve presente – foi representado pelo secretário de Saúde. A visita do presidente à cidade se deve ao fato da empresa Flash Engenharia, responsável por equipar ambulâncias, ter uma fábrica em Salto, mas tem potencial para ajudar, em tese, o vereador António Cordeiro (PT)quem é o pré-candidato do partido a prefeito.
Cordeiro, porém, lamentou a Valor não integrar a comitiva presidencial que visitou, antes da cerimónia de entrega das ambulâncias, a zona fabril da empresa, a 2 km do local onde decorreram os discursos. O pré-candidato petista disse que esperava gravar um vídeo de campanha com o presidente, mas a agenda presidencial não previa lacunas.
Em Salto, nas eleições de 2022, Bolsonaro foi o que recebeu mais votos para a Presidência da República: recebeu o equivalente a 61,24% do total de votos da cidade, contra 38,76% de Lula (PT). A mesma margem se repetiu na disputa estadual pelo governo entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o hoje ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT).
Em Campinas, outra cidade visitada nesta quinta, Bolsonaro também venceu Lula nas eleições de 2022: 56,22% a 43,78%.
Agenda para o interior de São Paulo
À tarde, Lula cumpre uma série de agendas políticas na cidade de Campinas, também no interior de São Paulo. A escolha do município não é à toa, quem está ao redor de Lula quer aproveitar os últimos dias antes da proibição de candidatos participarem de inaugurações de obras públicas para realizar eventos com aliados do governo.
Em Campinas, um dos principais nomes da disputa municipal é o do ex-vereador Pedro Tourinho, aposta do PT para tentar recuperar o controle da cidade. A agenda em Campinas começa às 14h30, quando Lula visitará as linhas de luz Sirius no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
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