A maré parece estar mudando para os ativos brasileiros, dizem especialistas Estrategistas do JP Morgan liderado por Emy Shayo Cherman. Após o forte movimento de aversão ao risco nas últimas semanas, motivado por ruídos internos, o compromisso do governo com o corte de gastos e a crescente expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos poderão sustentar uma dinâmica de recuperação nos mercados locais, incluindo o Ibovespa, durante o verão no Hemisfério Norte.
“Não vemos a janela atual como uma situação de buy-on-the-dip, mas sim como um acompanhamento da recuperação dos ativos brasileiros assim que ela começar, considerando que o mercado está muito leve, barato e ‘subcomprado’ no momento , com os locais detendo grandes posições de caixa e resgates estrangeiros consideráveis em todos os meses deste ano”, afirmam os estrategistas.
No cenário fiscal, o banco americano observa que as despesas governamentais cresceram 11,8% em termos reais no ano passado, enquanto o aumento permitido nas despesas é de 2,5%. Nessa linha, dizem, como o déficit primário acumulado hoje é de R$ 64 bilhões e a meta é déficit zero, “algo precisa ser feito”. “Demos ontem o primeiro passo nessa direção, com o governo reafirmando seu compromisso com o cumprimento das metas fiscais.”
“Devemos esperar o anúncio de um congelamento orçamentário de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões de reais em 22 de julho e medidas do lado das despesas — como uma revisão aprofundada dos benefícios”, dizem. “Além disso, o governo anunciou um corte orçamentário de R$ 25 bilhões para 2025. Acreditamos que, embora o otimismo deva ser um tanto contido em relação à implementação e eficácia, pelo menos a conversa está agora em um caminho muito mais construtivo.”
Apesar da recente alta do mercado acionário, os analistas entendem que ainda há muito prêmio de risco na curva de juros, e que um ajuste neste deverá contribuir para uma nova “perna” de ganhos. Além disso, indicam que os múltiplos permanecem descontados e o atual nível de Preço/Lucro prevê uma queda de 20% nos lucros das empresas, “o que também é excessivo”. “E o Brasil está negociando com desconto de 30% para mercados emergentes, enquanto o desconto habitual é de 10%.”
Depois de indicar, em maio, investimentos em setores que se beneficiariam com a desvalorização do câmbio, a equipe diz ser mais agnóstica em termos de setores e diz que é preciso procurar títulos baratos e com boas perspectivas de crescimento dos lucros. Entre as ações depreciadas com dinâmica operacional positiva, o JP Morgan possui em seu portfólio: Localizar, PRIO, Porto Seguro, SuzanoLojas Renner, Energisa, OK e Raia Drogasil.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor
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