O brasileiro já cruzou o caminho rubro-negro na Primeira Liga e no Mundial de Clubes e almeja altitude e calendário rival contra a desvantagem na Libertadores: Temos que tentar aproveitar tudo que Sávio do Bolívar explica seu nome e história com o Flamengo Sávio e o camisa 10, mas não é aquele que ficou conhecido como o Anjo Louro da Gávea e chegou até ao Real Madrid. Coincidentemente, Bolívar nasceu em 1994, ano em que seu homônimo começou a ingressar no Flamengo. Mas a suspeita não é verdadeira: o batismo não teve relação com esta história. – Na verdade, meu pai também tem Sávio no nome. Ele é Osmar Sávio. Então, veio mais do nome do meu pai. Mas pude conhecer um pouco do Sávio através de vídeos, algumas entrevistas que ele deu quando esteve no Real Madrid, onde fez excelentes temporadas. Ele era um jogador de muita qualidade. Meu nome não tem nada a ver com isso, mas admiro muito o futebol do Sávio – explicou Bruno Sávio, que afirma que quase ninguém o chama pelo primeiro nome: Bruno Sávio, do Bolívar, e Sávio, ídolo do Flamengo ge – Sim, a maioria (chamado Sávio). Mas ficou porque, quando comecei no América-MG, o professor Milagres, que até jogou no Flamengo (goleiro rubro-negro no final dos anos 80), me chamava de Sávio porque tinha muito Bruno no time. Então acabou ficando. E Sávio virou uma espécie de DNA na família do mineiro paraense. Tanto que se chama o filho de Bruno Sávio, de apenas dois anos… Isso mesmo! Apesar de não esconder a admiração pelo seu homônimo mais famoso, ele evita até comparar estilos: – Cara, o Sávio era um jogador muito completo, acho que ele não dá nem para comparar. Como vou me comparar com um jogador do Real Madrid, que era um dos principais jogadores da época? Procuro ter o meu estilo, acho que sou um jogador que tem muito, vamos dizer assim… Posso fazer boas jogadas, pensar bem, ser um jogador que não é muito limitado, que tem opções … me considero um cara inteligente. campo. Mas tento não me comparar com outros jogadores. E não tem como comparar com um jogador do nível do Sávio. Bruno Sávio no CT do Bolívar Thiago Lima/ge Sávio, do Bolívar, recebeu o relatório do ge no CT do clube para entrevista. E além do relacionamento com um ídolo do Flamengo, Bruno Sávio também tem histórico de duelos com o Rubro-Negro desde 2016, incluindo Primeira Liga, Mundial de Clubes e Libertadores, onde marcou o gol da vitória no último confronto em La Paz. E antes de mais um encontro desta quinta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), pela classificação às quartas de final do continente, ele se mostrou otimista em reverter o déficit de dois gols com uma nova arma aliada à altitude: o brasileiro calendário. . Veja a entrevista: ge: você viu o jogo do Flamengo contra o Botafogo? Bruno Sávio: – Sim, tem que estudar o time do Flamengo (risos). Foi um jogo difícil para eles, eu já sabia disso. Mesmo depois do nosso jogo comentei que o calendário brasileiro foi muito difícil para o time do Flamengo, porque eles têm uma sequência muito pesada de jogos muito difíceis e de muita intensidade. E isso está pesando muito até por conta das lesões. Eles estão com muitas lesões, acredito que por conta do calendário brasileiro. Bruno Sávio marcou o gol da vitória do Bolívar sobre o Flamengo na fase de grupos. O Botafogo te mostrou caminhos? – Cara, é meio difícil você dizer um caminho contra o Flamengo, né? É um time que tem excelentes jogadores, um dos maiores times da América do Sul, e esse ano vem fazendo uma excelente temporada, conta com vários jogadores importantes da seleção. Este foi o terceiro jogo que disputamos, agora será o quarto, por isso sabemos que é muito difícil jogar contra eles. É uma equipa muito intensa, tem jogadores de grande qualidade técnica. Você acha que o calendário pode pesar ainda mais que a altitude do Flamengo na quinta-feira? – Eu penso que sim. Porque eles já vieram para cá, já conhecem um pouco a altitude. Mas o calendário está sendo muito difícil para eles. Tenho acompanhado muito o futebol brasileiro, eles fizeram três jogos seguidos com o Palmeira, um time de muita qualidade também, depois o Botafogo, a Libertadores, que é sempre difícil de jogar… Então acredito que vem de muito desgaste, e a gente tem que saber aproveitar isso e também a questão da altitude. Cada atleta sente de uma forma, tem jogadores que sentem menos, outros que sentem mais, e isso é um fator que, querendo ou não, faz um pouco de diferença também. Temos que tentar aproveitar tudo o que pudermos. Bruno Sávio ao lado dos troféus no CT do Bolívar Thiago Lima/ge Você foi um dos jogadores descansados do Bolívar no jogo de segunda-feira. Como você está fisicamente? – Agora estou bem. Tive uma lesão e tive que ficar algumas semanas afastado, nesse jogo do Flamengo me senti muito fisicamente por causa disso, mas agora estou quase 100%. Para o jogo chego 100%. O jogo de segunda-feira também foi importante para nós e tivemos que economizar porque esse jogo do Flamengo é o mais importante da temporada. Temos que entrar com tudo. Claro que respeitando a equipe deles, mas tentando fazer o nosso jogo, tentando encontrar gols logo para podermos nos classificar. Qual é o tamanho desse déficit de dois gols? Você já reverteu uma desvantagem como essa antes? – Desde que estou aqui não tivemos essa desvantagem. Mas já vi muitos renascimentos do Bolívar em outras temporadas e de outros times aqui na Bolívia. Temos que ser inteligentes, certo? Saber jogar, entender o que o jogo nos pede. Em um dia bom, tente fazer as coisas bem. É claro que um jogo contra o Flamengo será difícil, com desvantagem de dois, mas temos condições de reverter esta situação. Bruno Sávio comemora gol do Bolívar Divulgação/Bolívar Como está o ânimo da torcida? Você sente o otimismo ou preocupação deles? – Sentimos muito o apoio dos fãs. Acredito que todos estão muito iludidos, sonhando em conseguir a classificação. Por mais que saibamos que somos uma grande equipe, aqui em La Paz somos muito fortes. Demonstramos isso na fase de grupos e em outras situações no ano passado na Libertadores. É um time que não tem o que falar, porque além de ter bons jogadores tecnicamente, somos um grupo que joga muito bem junto. Então acredito que temos tudo para conquistar um bom resultado. Já houve algum jogo notável contra o Flamengo antes? – Não. Já havia enfrentado o Flamengo quando estava no América-MG. Na época tinha o Guerrero, o Juan… Foi em Cariacica (1 a 0 para o Flamengo na Primeira Liga). Acho que foi o único jogo que joguei contra o Flamengo antes. Bruno Sávio comemora gol pelo América-MG Divulgação/ América-MG Você estava no Al Ahly na época do Mundial de Clubes? – Sim, inclusive estive no jogo contra o Flamengo. Eu não joguei esse jogo, mas estava lá, pude acompanhar de perto. Para o Al Ahly foi uma boa Copa do Mundo, mas acabamos pegando o Real Madrid nas semifinais, então é muito difícil passar. Fizemos um bom jogo contra o Flamengo, estávamos na frente, tivemos um jogador expulso e depois viramos. Mas foi a mesma coisa. Houve algum sentimento de vingança depois de perder o 3º lugar? – Nada. Admiro o Flamengo, assim como outros grandes times do Brasil. O Flamengo é um time muito grande, com muita torcida. E nestes jogos temos que jogar sempre a 120%, porque senão não chegas nem ao nível dos jogadores que lá estão. Você tem que fazer mais do que está acostumado. No último jogo ouvi muita gente falar que o Bruno é muito firme e assim por diante. Mas se você não chegar assim, como vai conseguir chegar de igual para igual e jogar com Arrascaeta, De la Cruz, Pedro, entre outros jogadores? Você tem que ir o mais longe possível. Sempre, claro, mirando na bola. Mas às vezes há algum tipo de erro. Pessoalmente, sempre sofro muitas faltas por jogar no ataque. São jogadas normais. Bruno Sávio comemora gol pelo Al Ahly Divulgação Você costuma receber muitas mensagens de torcedores rivais quando enfrenta times brasileiros assim? – Neste último jogo recebemos muitas mensagens de torcedores conversando. Mas acho que essa rivalidade é normal no Brasil, desde que seja saudável. Tento ver isso de forma positiva. Principalmente de pessoas da minha cidade, que sempre mandam mensagens. Da minha família, que está sempre junta nos jogos, todos foram para o Rio de Janeiro. Estou muito feliz com esse apoio. Os adeptos que nos apoiam neste jogo também serão muito importantes. Espero que vocês possam comparecer e ter estádio lotado. Você acha que Bolívar pode fazer as pessoas começarem a olhar o futebol boliviano de forma diferente? – As pessoas têm uma visão da Bolívia daqui. Acho bom saber, porque é um clube que está ganhando muita estrutura. Acredito que nos próximos anos continuará indo bem na Libertadores. No ano passado chegamos às quartas de final, este ano já estamos nas oitavas de final. E o clube está crescendo muito. Acredito que no longo prazo irá cada vez mais longe, sendo um dos grandes entre os sul-americanos. Bruno Sávio e seu filho, Sávio Divulgação Vocês moram em La Paz há muito tempo. Foi difícil se acostumar com a altitude? – Aqui para mim foi muito tranquilo, por isso digo que a questão da altitude é muito relativa. Saí para o Al Ahly e, quando voltei, depois de três dias joguei e não senti tanto a altitude, me senti bem. A cidade em si é muito tranquila, e sou uma pessoa de família, então estou sempre mais em casa, com minha esposa e filho. Não preciso de muito para estar bem. Você está agora com 30 anos. Você pretende voltar a jogar no Brasil antes de se aposentar? – Estou sempre aberto a novos desafios. O Bolívar foi um lugar onde me encontrei muito bem, um grupo excepcional, uma estrutura muito boa, um clube que dá total apoio. Então estou muito feliz aqui, mas se mais tarde chegar uma situação muito boa no Brasil, vou analisar. Claro que vai pesar muito a questão de eu estar estável, viver muito bem, minha família ser feliz aqui. Agora não tenho nada planejado para o futuro próximo. Bruno Sávio em ação pelo Guarani antes de se transferir para o Bolívar Thomaz Marostegan/Guarani FC Você recebeu algum convite para retornar nos últimos anos? – Não, às vezes há algumas pesquisas. Mas hoje para eu sair daqui tem que ser algo que me chame a atenção. Porque estou muito feliz, adaptado, me sinto bem aqui, tenho números excelentes… Sair, só se for muito bom para mim e para minha família, e para Bolívar também. Recentemente, quando você perdeu sua mãe, os jogadores carregaram faixas de apoio, os torcedores fizeram homenagens, isso fortaleceu sua relação com o clube? – O grupo em si é muito unido, sabe? Nunca tinha vivido o que vivencio aqui hoje. Todos se reúnem, estão juntos, preocupados com a vida um do outro, sempre tentam te ajudar nos momentos difíceis. E a torcida recebe os jogadores de uma forma diferente. Esse momento foi muito difícil para mim, várias coisas passavam pela minha cabeça. Ainda hoje é muito difícil, mas ao mesmo tempo é preciso continuar, não há muito que possa ser feito. – Isso vai ser algo que vai ficar comigo para o resto da vida, nunca vai me abandonar. Mas com o tempo você aprende a lidar com isso. Então diga às pessoas para aproveitarem, porque uma vez que você perde, não há nada que você possa fazer. Estou longe de casa, jogo futebol há 10 anos, perdi momentos muito importantes com minha mãe (se emociona). Então é muito difícil. Jogadores do Bolívar prestam homenagem a Bruno Sávio Reprodução/Tigo Sports Leia mais notícias do Flamengo Ouça o podcast do ge Flamengo Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, Globo e sportv
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