Mateus Alves afirma que a apresentação da medalhista de prata de Tóquio 2020 está aquém do que ela pode apresentar e afirma que expectativas irrealistas da mídia afetam os atletas Entrevista com Bia Ferreira após vitória A lutadora brasileira Beatriz Ferreira já tem a medalha de bronze garantida no boxe após se classificar para o semifinais do torneio dos leves (até 70kg) nas Olimpíadas de Paris 2024. Porém, o técnico da seleção brasileira, Mateus Alves, admitiu que o bicampeão mundial amador e campeão mundial profissional pela Federação Internacional de Boxe (IBF, na sigla em inglês) ainda está aquém do desempenho que espera na competição. – Tem que melhorar. São duas lutas razoáveis, não são lutas no nível que esperamos da Bia aqui para ser campeã olímpica. Avalie e veja o que está acontecendo e saiba o que está acontecendo e se organize, porque às vezes você terá que lutar mais que isso e a primeira luta também – disse o treinador em entrevista enviada pela assessoria da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). + Confira o quadro de medalhas dos jogos de Paris + Acompanhe o canal de esportes olímpicos do ge no WhatsApp! Bia Ferreira acerta cruzamento em Chelsey Heijnen no boxe nas Olimpíadas Paris 2024 Gaspar Nóbrega/COB As críticas parecem pesadas, considerando que nesta quarta-feira Bia Ferreira venceu por decisão unânime dos juízes laterais, que marcou todos os rounds a favor da baiana. Mas a treinadora justifica a avaliação não pelo resultado, mas pelo que a medalhista de prata de Tóquio 2020 pode apresentar, e também levando em conta que, na semifinal, encontrará seu algoz na final olímpica de três anos atrás, a irlandesa Kellie Harrington (nota: embora a marca das Olimpíadas passadas tenha permanecido em 2020, a competição aconteceu em 2021 devido às restrições impostas para combater a pandemia de Covid-19). – Não sei como você viu a luta, mas tenho exigências muito altas. Eu, conhecendo a Bia há oito anos como cornerman, não fui a luta 100% da Bia. São vários aspectos – velocidade, força, tranquilidade, não estar sob muita pressão. Reconheço quando ela é pressionada pelo resultado. Isso é normal, mas ela realmente precisa lutar mais do que isso para superar a irlandesa, que é campeã olímpica, campeã mundial, campeã europeia e atleta muito experiente – analisou. Bia Ferreira x Chelsey Heijnen | Melhores momentos | Boxe feminino | Jogos Paris 2024 + Veja calendário olímpico + Olimpíadas Paris 2024: onde assistir ao vivo e online Lutadora aceita críticas: “Confio muito no time” Ao saber da avaliação do técnico, Bia concordou com ele e disse que o conhecimento das adversárias Seu jogo é outro complicador – algo que Mateus também destacou. -Se quem me ensinou está falando, ele falou. Confio muito na minha equipe e sei disso. Acho que poderia ter me divertido um pouco mais. Mas é um passo de cada vez. Temos atletas que não são burros, atletas que eu já enfrentei, então isso dificulta um pouco, eles também querem vencer. Mas o que quer que eu precisasse fazer para sair com a vitória, sei que teria os recursos para fazê-lo. Fizemos o suficiente para sair vitoriosos e deu certo – disse Ferreira. Projeção de medalhas pressiona a equipe Mateus Alves (à direita), técnico da seleção brasileira de boxe IBA Até quarta-feira, sete dos dez boxeadores brasileiros classificados para Paris 2024 haviam feito suas primeiras lutas na competição. Destes, apenas Bia, Keno Marley e Wanderley Holyfield venceram e avançaram. Apesar de algumas lutas com julgamento questionável, como as derrotas de Abner Teixeira e Luiz Oliveira, o técnico Mateus Alves acredita que as altas expectativas depositadas na equipe – que considera exageradas – podem ter contribuído para desempenhos abaixo do esperado pela própria comissão. técnica. – Temos que entender a pressão que os atletas carregam. Porque não importa o quão veterano e campeão você seja, todo mundo é ser humano e tem uma responsabilidade. A mídia do boxe que existe hoje no Brasil não é a mídia que existia em 2012 em Londres, ou no Rio, ou mesmo em Tóquio quando ninguém dizia que o boxe ganharia medalha, talvez a Bia. O boxe chegou aqui com números totalmente fora do esperado, o que não é a nossa previsão. Nossa previsão sempre foi de duas medalhas aqui. A equipe levou isso. A crítica é destrutiva. Você entra nas redes sociais e as pessoas parecem não se colocar no lugar dos outros. E isso às vezes preocupa o atleta. ‘Não vou ganhar medalha e o que dirão de mim?’ Isso não é justificativa, é um fato. Você tem que se acostumar, mas é um processo. – Ninguém segue boxe. Se eu perguntar quem foi o campeão sul-americano do time, me diga um, você sabe quem foi? E do Pan, qual foi campeão? E agora chega e todo mundo fala que o boxe vai ganhar cinco medalhas. A equipe assimila isso. Isto não é realidade. Então vejo o time aqui pressionado, todos os atletas. Não tive um atleta que não lutasse mais tenso que o normal (…) porque hoje eles carregam a obrigação de alcançar resultados que não estão acostumados na mídia – comentou o treinador. Apesar do comentário, Alves não se esquivou da responsabilidade da equipe e da sua própria em lidar com essa pressão externa. – Eles terão que aprender a trabalhar assim. Não estou protegendo os atletas, pelo contrário, estou criticando-os. Se quiser ter mais mídia e mais valorização, tem que se acostumar com a pressão que a mídia vai fazer, que a torcida vai fazer – finalizou o treinador, que lembrou ainda que o time conta com dois psicólogos.
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