Robson é o novo campeão mundial surperpena | blog do daniel fucs

Saudações Pugilísticas.
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O brasileiro Robson Conceição (19-2-1-1NC) derrotou o americano O’Shaquie Foster (22-3, 12 KOs) na noite de sábado, em Newark, nos Estados Unidos. Com a vitória, Robson sagrou-se campeão Categoria superpluma do WBC.
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Vou começar pelo final. A vitória foi por pontos divididos. Dois juízes marcaram o brasileiro com 116-112 e 115-113, enquanto o terceiro viu o triunfo de Foster com 116-112.
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Conquistando mais um título mundial deixa todos nós brasileiros satisfeitos e confiante na possibilidade de novos sucessos nacionais.
Porém, digo que vi a vitória de Foster por 115-113. Tenho acesso direto ao Robson e sua equipe, gosto dele como pessoa e admiro sua persistência em perseguir incansavelmente seus objetivos. Ele nunca desapareceu. No entanto, preciso explicar o que observei. Devo isso ao meu leitor e a quem me assiste pela TV, apesar de não ter participado especificamente daquela transmissão.
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Não nego a maior agressividade de Robson nem a constante iniciativa do brasileiro na disputa. Recebi vários telefonemas e mensagens logo nas primeiras horas após a luta, pedindo minha opinião sobre o resultado. A grande maioria discordou do resultado.
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eu comentei insistentemente que alguns princípios estão errados para a pontuação dos boxeadores. O rosto enrugado do adversário, o boxeador que anda para frente, maior volume de socos desferidos e domínio do centro do ringue são alguns deles. Tudo isso é relativo. O ataque e a maior agressividade são pontos a serem considerados se outros critérios como, por exemplo, o número de golpes efetivamente conectados, a eficiência desses golpes e a técnica fossem iguais entre dois boxeadores. Qual seria o sentido de caminhar para frente ou desferir mais golpes se o oponente supera mais a defesa e conecta mais, ou os golpes do adversário são mais eficazes? Muitos não percebem isso e se enganam quanto ao vencedor da rodada.
Vi a defesa de Foster funcionar melhor na maioria dos rounds, fazendo com que ele levasse menos golpes.
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Como só consegui escrever este texto no domingo à noite, por curiosidade verifiquei e observei que alguns pontos comentados por terceiros no exterior correspondiam, até em maior medida, à minha opinião. A TV americana que gerou a imagem viu o brasileiro vencer apenas um round, marcando 119 a 109. Consultei a opinião do renomado Dan Rafael, que marcou 118 a 110 para Foster. Olhei no site da revista RING que também viu 118-110 para o americano.
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Expresso mais uma vez o minha satisfação em ganhar mais um título mundial por um brasileiro. Especialmente quando isso é conseguido por um boxeador que tentei tanto como Robson.
No Brasil, conta-se que Robson Conceição obteve quatro oportunidades de disputar campeonatos mundiais em quatro anos. O feito foi maior do que se diz no Brasil. A quarta oportunidade aconteceu em um período de tempo muito mais curto: dois anos e dez meses, o que mostra a qualidade de seu boxe. Não me lembro de isso ter acontecido antes em tão pouco tempo.