A queda para o Rosário Central expõe a falência do time e marca mais um capítulo decepcionante na gestão do presidente Alessandro Barcellos. A eliminação do Inter para o Rosário Central pegou apenas os desavisados de surpresa. Sinceramente? A decepção já era esperada devido ao futebol medíocre, à incapacidade do time de se indignar e, claro, ao histórico recente de fracassos. Não havia outra maneira. A apresentação na noite de terça-feira foi apática e pouco criativa. Jogar no Beira-Rio virou um plano que deu errado. E a temporada ainda não acabou! É preciso somar 45 pontos para evitar um constrangimento ainda maior. + Veja como ajudar vítimas de enchentes no RS “Inter não encontra solução para repetição de ciclos”, lamenta Luka | Voz da Torcida + O ge está no WhatsApp! Acompanhe o canal ge Inter Antes de mais nada, é preciso registrar que o clube foi afetado diretamente pelas enchentes de maio, fato que comprometeu os planos para 2024. Porém, o curioso de tudo isso é que o Inter ‘sobreviveu’ ao período longe de casa. Estava na briga pelo G-6 e moro nas copas. Em questão de dias, mesmo com a volta do Beira-Rio e dos selecionadores, tudo mudou. A verdade é que a campanha sul-americana foi um verdadeiro constrangimento. A equipe ficou em segundo lugar em um grupo com Belgrano, Delfín e Tomayapo. Disputou o playoff da segunda divisão do América e caiu para a 11ª colocação no Campeonato Argentino. O futebol apresentado nos 180 minutos não merecia mais que a eliminação. Com exceção do ímpeto inicial nos dois tempos, a apatia dominou o jogo da equipe. O fervor dos colorados veio à tona apenas no empurra-empurra com os argentinos segundos antes do apito final. O trio Alan Patrick, Borré e Valencia sucumbiu em meio à defesa do Rosario Central. A camisa 10 está irreconhecível. A aparente indiferença de Enner Valencia é irritante. Embora tenha jogado pouco, o colombiano foi o mais lúcido em campo entre os três e disse que o Inter vai brigar no Brasileirão por uma vaga na Libertadores. Realmente? Alan Patrick Meio-campista do Inter Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional Os jogadores parecem ter medo de arriscar ou tentar algo diferente quando jogam em casa. É verdade que, às vezes, a torcida pressiona e inconscientemente, talvez, joga contra. O ambiente fica pesado e afeta a mentalidade de quem está em campo. Renê virou alvo após o gol sofrido. Vaias ecoaram por todo o estádio no primeiro tempo. Leia também: + Roger defende grupo após eliminação + Maurício Saraiva: Eliminação com fiasco Mas precisamos entender a torcida. Ser paciente. O tão comemorado retorno para casa se transformou em frustração. Derrotas para Vasco e Juventude e eliminação no Campeonato Sul-Americano. Os colorados presenciaram a oitava eliminação no Beira-Rio de 2021 para cá: Central, Juventude, Fluminense, América-MG, Caxias, Melgar, Olímpia e Vitória. Entenda o quilate de seus rivais, com respeito. Torcedores do Internacional protestam no Beira Rio após eliminação da Copa Sul-Americana A direção apostou muito dinheiro em quem entregou pouco. Confiava cegamente em Eduardo Coudet, responsável pela fragilidade física, técnica e coletiva da equipe. Um técnico que ganhou todas as peças que exigiu, menos Oscar, e até no gramado do Beira-Rio meteu a colher. Perdeu a mão e foi demitido. O Inter foi a quatro jogos de mata-mata e conseguiu a façanha de ter três treinadores diferentes, com o interino Pablo Fernandez disputando dois duelos. A tentativa de Sérgio Conceição foi uma piada de mau gosto, uma aventura que atrasou a chegada de Roger, o menos culpado de todo o processo. A crise está aumentando e os bastidores estão em ebulição. O departamento de futebol pode implodir nesta quarta-feira. Felipe Becker, vice-presidente de futebol, e Magrão, diretor esportivo, estão por um fio. O Inter está à deriva e navegando em um mar perigoso. Resta uma competição e um desafio: 45 pontos no Campeonato Brasileiro. O Valencia finalizou, mas criou pouco perigo para o rival Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional Só de pensar no tão comentado placar que garante a permanência na Série A pode parecer alarmismo. Mas como confiar no Inter? A sequência pela frente terá Bahia, em Salvador, Palmeiras e Athletico, em Porto Alegre. Times que lutam na parte de cima da tabela. Tem jogos atrasados, é verdade, mas quando um trem grande sai dos trilhos, meu amigo… O planejamento para a janela de transferências vai mudar. Uma pequena remodelação pode ocorrer no elenco. Vitão, Robert Renan, Aránguiz, Matheus Dias e Alario, cada um com seu contexto, podem sair. Renê já indicou que partirá em dezembro. Será preciso superar as dificuldades financeiras e reforçar o elenco em quase todos os setores. É preciso superar o clima de velório no vestiário – expressão usada por Alan Patrick – para que o grupo possa dar uma resposta imediata no sábado. Roger terá três treinos para reorganizar a casa e buscar o recomeço com apenas uma competição em julho. Ouça o podcast do ge Inter + Assista: tudo sobre o Inter no ge e na TV
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