O Rubro-negro conseguiu fazer um jogo equilibrado na 1ª etapa e contou com as defesas de Rossi no momento mais crítico do duelo. Foi sofrido como esperado, mas o Flamengo está classificado para as quartas de final da Libertadores 2024. O Mais Querido foi derrotado por 1 a 0 pelo Bolívar e passou de fase com placar agregado de 2×1. Mesmo tendo sofrido aos cinco minutos do 2º tempo, os cariocas poderiam ter tido uma noite mais tranquila se não tivessem desperdiçado três grandes chances de gol enquanto estavam com as pernas. Rossi se destacou com boas defesas e atrasou ao máximo a reposição de bolas em jogo, o que prejudicou bastante o ímpeto dos bolivianos. Léo Ortiz, Léo Pereira, Varela, De La Cruz e Luiz Araújo deram as melhores respostas físicas no cenário desafiador. Escalações O técnico Flavio Robatto repetiu a escalação que Bolívar levou a campo no Maracanã. Os brasileiros Fábio Gomes e Bruno Sávio começaram nas laterais do trio de ataque. Tite formou o Flamengo com Léo Ortiz formando o meio com Pulgar e De la Cruz. Gérson e Luiz Araújo começaram pelas laterais do campo e Carlinhos foi o homem mais adiantado. Como Bolívar e Flamengo iniciaram o segundo jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores 2024 Rodrigo Coutinho O jogo Controlar a pressão do time anfitrião nos primeiros minutos é fundamental para sobreviver aos jogos em altitude. E o Flamengo conseguiu! Bem posicionado em duas linhas de quatro e com De La Cruz e Carlinhos dando a primeira luta, o time rubro-negro mostrou compacidade entre setores e inteligência para proteger espaços. Ele evitou subir no quarteirão. Ele protegeu sua própria área. Rossi foi fundamental! Não pela quantidade de defesas feitas na 1ª etapa. Na verdade, precisou trabalhar mais em apenas uma jogada completada por Ramiro Vaca dentro da área. Mas por causa da demora em colocar a bola de volta em jogo. É lindo? Não! Mas compreensível e necessário numa partida disputada a quase quatro mil metros de altitude. Esse cenário quebrou o ritmo que Bolívar tentava impor, e o Flamengo sobreviveu ao primeiro tempo da partida sem grandes arranhões. Bruno Sávio foi quem mais incomodou. Sempre aberto pela direita, buscou jogadas de 1×1 contra Ayrton Lucas. Ganhou algumas, mas Luiz Araújo e Léo Pereira ofereceram boa assistência e cobertura ao lateral nos minutos seguintes. Os dez remates de Bolívar ao final dos primeiros 48 minutos representam um cenário natural do volume da equipa da casa em Hernando Siles. “Pesaram” a área com muita gente, tentaram cruzamentos ou passes elevados para chutes diretos ou “jogadas em duas fases”, mas tiveram pouca precisão e encontraram uma defesa sólida para contra-atacar. De La Cruz em Bolívar x Flamengo Gaston Brito Miserocchi/Getty Images O Flamengo também teve momentos de destaque. Ele apresentou uma estratégia de ligações diretas ao ataque. A ordem era afastar a bola do próprio campo e vencer os duelos aéreos no campo do rival para controlar a posse e resolver as jogadas com rapidez. Gérson recebeu duas vezes a bola nas costas da defesa boliviana em condições de marcar, mas hesitou nas duas vezes e foi desarmado. Carlinhos e De La Cruz foram importantes, vencendo disputas de primeira e segunda bola. Pulgar e Léo Ortiz estiveram sintonizados, tranquilos para tirar a velocidade do jogo. O zagueiro também somou bons passes para meio-campistas e atacantes. Varela estava extremamente confiante protegendo o lado direito da defesa. Fabrício Bruno defendeu impecável a área. Chegou o 2º tempo e com ele um declínio físico natural do time rubro-negro. As derrotas voltaram a aparecer pelo lado esquerdo da defesa. Bruno Sávio basicamente pisou na lateral para se distanciar de Ayrton Lucas e ter espaço para o confronto individual. O atacante brasileiro mandou uma bola na trave aos seis minutos. E aos nove abriu o placar para os bolivianos. Chamou a atenção a semelhança com o primeiro gol sofrido ao Botafogo no último domingo. Liberdade para o arremessador na frente da área e reversão diagonal para Bruno Sávio atacar as costas de Ayrton Lucas derrotado. Bruno Savio comemora gol de Bolívar contra o Flamengo Gaston Brito Miserocchi/Getty Images O lateral-esquerdo do Flamengo perdeu uma chance muito clara de marcar pouco antes de Bolívar abrir o placar, a terceira boa oportunidade desperdiçada pelo Mais Querido no jogo. Quem começou a aparecer com destaque foi Ramiro Vaca. Aproveitou o desgaste de Pulgar e Léo Ortiz e passou a trabalhar nas costas dos volantes rubro-negros. Ele finalizou com perigo na entrada da área. Tite serviu De La Cruz e Carlinhos logo na metade da 2ª etapa. Entraram David Luiz e Bruno Henrique. O time passou a jogar com uma linha de cinco na defesa. O atacante que saiu do banco tornou-se o homem mais avançado. Depois foi a vez do exausto Gérson dar lugar a Evertton Araújo. A ansiedade cresceu para os brasileiros. O jogo virou um verdadeiro ataque versus defesa! O time da Gávea apenas se defendeu. Não teve como contra-atacar, ele ficou alguns minutos sem trocar uma sequência de três passes. Ele ficou próximo à área defensiva até que Bruno Henrique venceu o zagueiro brasileiro Anderson Jesus na corrida e foi derrubado. O zagueiro foi expulso. Com mais um homem, o time rubro-negro não sofreu mais chutes perigosos nos últimos momentos da partida e pôde comemorar a vaga para enfrentar o tradicional Peñarol, na segunda quinzena de setembro.
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