No primeiro round da categoria até 66kg, Angela Carini lutou contra Imane Khelif, argelino autorizado a disputar as Olimpíadas. O motivo da desistência foi uma dor intensa no nariz, segundo a atleta italiana Angela Carini a participação da atleta nas Olimpíadas de Paris 2024 durou apenas 46 segundos. No primeiro round da categoria até 66kg do boxe feminino, ela abandonou a luta contra a argelina Imane Khelif, uma das boxeadoras anteriormente reprovada nos testes de gênero e autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a competir nos Jogos Olímpicos. Angela Carini e Imane Khelif no primeiro round do boxe feminino categoria até 66kg nas Olimpíadas de Paris 2024 REUTERS/Isabel Infantes + Programação: confira a programação olímpica + Confira o canal ge Olympic no WhatsApp + Olimpíadas de Paris 2024: onde assistir live + Boxe olímpico: categorias, regras, o que é e história Apesar da polêmica, Carini garantiu que o abandono nada teve a ver com a situação envolvendo o adversário. A atleta explicou que desistiu da partida por causa de fortes dores no nariz. Com 30 segundos de luta, ela foi até o canto ajustar o capacete e não demorou muito para jogar a toalha. – Não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutador. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio com a cabeça erguida e com o coração partido. Sempre fui muito instintivo. Quando sinto que algo não está bem é não desistir, é ter maturidade para parar – comentou Carini. + Confira o quadro de medalhas + Mascote das Olimpíadas de 2024: significado, nome, o que é e história + Conheça a medalha mais difícil das Olimpíadas A taiwanesa Lin Yu-ting é a outra boxeadora que falhou nos testes de gênero e foi autorizada a competir em Paris 2024. Ele estreia nesta sexta-feira, na categoria até 57kg. No campeonato mundial de boxe do ano passado em Nova Delhi, na Índia, Imane Khelif e Lin Yu-ting foram desclassificados pela Associação Internacional de Boxe (IBA), cujo presidente, Igor Kremlev, disse à agência de notícias russa Tass que os testes de DNA “que eles tinham XY cromossomos e, portanto, foram excluídos de eventos esportivos.” Nas palavras do executivo, “foram identificados vários atletas que tentaram enganar os colegas e se passarem por mulheres”. Desde então, porém, o COI baniu a IBA do circuito olímpico devido a recorrentes falhas de integridade e transparência na governança da associação, acusada de manipulação de resultados e corrupção. A IBA estava suspensa pelo COI desde 26 de junho de 2019 e não conseguiu organizar o torneio de boxe das Olimpíadas de Tóquio, administrado por uma força-tarefa do COI, que chegou a ameaçar tirar o esporte de Paris. Apesar da proibição, decidida em assembleia da entidade em junho, o boxe continuou a ser disputado na edição deste ano. Segundo o jornal britânico The Guardian, o sistema oficial do COI informa que Imane e Lin foram desclassificadas em testes de gênero no ano passado. Nesse sistema, afirma que Khelif foi “desqualificada poucas horas antes de sua disputa pela medalha de ouro contra Yang Liu no Campeonato Mundial de 2023 em Nova Delhi, Índia, depois que seus níveis elevados de testosterona não atenderam aos critérios de elegibilidade”. Em relação a Yu-ting, diz-se que a taiwanesa “perdeu a medalha de bronze depois de não cumprir os requisitos de elegibilidade com base nos resultados de um teste bioquímico”. Eles são autorizados pelo COI a participar das Olimpíadas de Paris, também organizadas pela própria entidade, com regras de elegibilidade consideradas menos rígidas que as da IBA.
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