O técnico reforça que sempre teve esse tipo de comportamento, inclusive quando Flamengo e São Paulo conquistaram a Copa do Brasil, e revela conversa com o quarto árbitro antes do encontro Dorival Júnior ainda está nos Estados Unidos, e nos dias seguintes à sua eliminação na Copa América para o Uruguai são mais do que digerir a derrota nos pênaltis. As interpretações a respeito da postura nos momentos anteriores às cobranças deixaram o treinador chateado a ponto de responder com palavras firmes aos críticos. Dorival Júnior em entrevista nesta segunda-feira em Las Vegas Cahê Mota/ge Antes dos pênaltis, Dorival Júnior foi flagrado do lado de fora do encontro em que os jogadores recebiam orientações do auxiliar Lucas Silvestre. O comandante da equipe explicou que o comportamento é habitual em sua carreira, aconteceu em vitórias por mata-mata em que foi campeão da Copa do Brasil com Flamengo e São Paulo, e que os nomes e a ordem dos cobradores já foram definidos antecipadamente. – Achei um absurdo tudo o que eles fizeram. Em nenhum momento me questionaram sobre isso de forma mais direta… eu nem sabia desse assunto. Para uma foto, interpretaram de tal forma que parecia um absurdo vindo de outro mundo. Então, preciso ter uma prancheta em mãos com os nomes para transmitir sensação de organização a um grupo? Sinto muito, mas o que fizeram foi um absurdo, toda a polêmica por uma simples foto. – Interprete uma foto sem perguntar ao profissional. Sinto muito, foi uma leviandade completa. Quem expressou uma opinião deveria pensar muito para falar de um profissional. Se não existe respeito nesse sentido, que me vejam como um homem de família, um profissional acima de tudo, que respeita tudo e todos, e quem diz que não me respeitou. Lamento a situação, estou chateado, mas é uma situação temporária para um profissional que já passou por muitos casos. Dorival também fora da roda na vitória do São Paulo sobre a Reprodução Esportiva Em longa resposta sobre o tema, com duração de mais de seis minutos, Dorival também disse que não participa porque confia no trabalho anterior e que é hora de dar liberdade e tranquilidade aos atletas: Dorival fica fora do círculo de jogadores da seleção antes dos pênaltis – Em todos os pênaltis que participei, nunca entrei nesse círculo. Tudo o que fizemos foi preparatório e antes do jogo. Nesse momento, não preciso dizer nada. A menos que eu perceba uma diferença, uma dificuldade, um problema, uma mudança repentina. Mas não foi assim, estava tudo sinalizado. No minuto final da partida já definimos quem seriam os batedores. Geralmente, fico bem longe. Se você tirar fotos de outros jogos, verá que não vou por aí. O momento pertence ao jogador. Dele para ele. Não gosto de participar e evito, pois é um momento de tranquilidade e de lembrar de tudo que você fez. O treinador explicou ainda que o hábito remonta à época em que era jogador. Dorival também relembrou a edição do Brasileirão de 1988, quando todos os jogos que terminavam empatados iam para os pênaltis. A eliminação na Copa América aumenta a lista de decepções do time – No geral, todos foram treinados. Tenho algo comigo que carrego desde meus tempos de jogador. Teve um campeonato em que todas as partidas que terminaram empatadas foram para os pênaltis, em 88. E eu gostava de me fechar do meu jeito. Porque eu me preparei para os ataques anteriormente, assim como agora. O treino não é apenas um dia antes do jogo. Treinávamos com frequência. Fiquei mais com os cobradores de falta e os pênaltis foram mais com o Lucas (Silvestre), com o Pedro (Sotero)… Por fim, o comandante da equipe também revelou que se aproximou dos atletas após o círculo já feito por conta própria. da exigência de cortar um jogador das acusações. Como o Uruguai expulsou Nandez, o Brasil afastou Guilherme Arana do relacionamento. Dorival fora da grande área antes do título da Copa do Brasil Reprodução – Quando a partida acabou, eu, que tocava no assunto desde que era atleta, não gostei de ficar ali no meio. Não preciso ter prancheta na mão nem a ordem das batidas, que já estava definida. Eu tinha um assistente lá. O quarto árbitro me chamou porque queria saber qual jogador seria excluído dos chutes porque o Uruguai teve um jogador expulso e esse corte precisava ser antes do início da partida. Quando voltei não ia falar nada, mas resolvi falar sobre concentração. Foi a única coisa que abordei, mas percebi que a equipe estava tranquila. A comissão técnica da Seleção ainda está em Las Vegas e retorna ao Brasil em voo fretado na terça-feira. Os jogadores, por sua vez, já foram liberados na noite de sábado, divididos entre os que saíram de férias com a família por conta própria e os que voltaram para casa utilizando a logística montada pela CBF em aviões comerciais. O Brasil volta a jogar na Data FIFA de setembro. Sexta colocada nas Eliminatórias, com sete pontos, a Seleção enfrentará o Equador, provavelmente no Beira-Rio, e o Paraguai, em Assunção.
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