O encontro promovido pela Rede Amazônica Rondônia aconteceu no estádio Aluízio Ferreira, onde Kesley Teodoro, Sílvio Corsino e Ketyla Teodoro treinavam em Porto Velho e se reencontraram no Aluizão. Gildo Alves Kesley e Ketyla Paula, os irmãos Teodoro foram mais uma vez convocados para os Jogos Paralímpicos de 2024. Ambos são de Rolim de Moura e tiveram o primeiro contato com o esporte em solo rondoniense em 2012. Doze anos depois, retornam à terra natal, reencontram velhos amigos e nos convidam a relembrar o início de tudo. Na edição Paris 2024, 70 atletas dessa modalidade representarão a seleção brasileira. Entre eles três do estado de Rondônia. Os rondonienses se apresentarão à comitiva no dia 14 de agosto. – O carinho das pessoas, saber que nascemos aqui e podemos chegar e nos sentir em casa. Essa é a realidade. Estamos treinando em São Paulo, nos dedicando em São Paulo há alguns anos. Competimos fora do país, mas quando voltamos aqui é como se fosse a primeira vez. É tudo igual, nada muda. É um prazer incrível estar aqui – disse Kesley ao ge.globo/ro. Kesley Teodoro na prova dos 100m rasos da classe T37 Redes Sociais/Reprodução Tudo começa de forma muito despretensiosa em um ponto de ônibus e uma pergunta feita a um senhor até então desconhecido. Isso deu início à trajetória de dois atletas paralímpicos. Sílvio Cursino, coordenador do Rondônia Clube Paralímpico, foi o responsável por descobrir o talento dos atletas. – E Ketyla começou a treinar. Ela falou sobre o pai dele e disse que Kesley tinha uma deficiência semelhante à de Ketyla. Então eu disse que queria conhecê-lo. E eu queria que ele fizesse um teste – diz Silvio Corsino. Dupla brasileira no pódio nos 400m T12 com Lorraine Aguiar e Ketyla Teodoro Takuma Matsushita/CPB Ketyla Teodoro, que estava no ensino médio, participou das Olimpíadas escolares em 2012. A treinadora que convidou a irmã percebeu que Kesley também sabia correr e começou sua carreira nas paraolimpíadas escolares. – Tudo é novo, certo? Porque não tínhamos ideia de nada sobre o esporte. Nem participamos das aulas de educação física. Então quando surgiu esse convite eu pensei, falei: meu Deus, que cara corajoso! Porque não fazemos nada. Então ele tinha essa luz ali. Digo que ele foi um grande batedor que Deus enviou e lhe deu essa luz para nos ver – relata Ketyla Paula Pereira Teodoro. – Eu já tinha minha vida normal e segui em frente e aí o Silvinho encontrou a Ketyla. Ele fez a proposta e depois falou de mim e aí eu vim. Conheci ele aqui no estádio e foi aí que ele me apresentou à pista, me apresentou ao salto em distância, me apresentou ao lançamento de dardo. Ele disse que havia muitas possibilidades faltando poucos dias e disse: vou te levar para a competição e essa é uma chance que você terá na vida – revela Kesley. Kesley treinou todos os dias em 2016 e conseguiu vaga nas Paraolimpíadas Jheniffer Núbia. Ambas com trajetórias de sucesso. Ketila foi medalhista de bronze nos 400 metros nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 e recentemente bronze também nos 400 metros, na Copa do Mundo de Kobe em 2024. Wesley ficou em quarto lugar nos 100 metros nos Jogos Paralímpicos na edição de 2016 , venceu em suas primeiras Paraolimpíadas. Mesmo com inúmeras conquistas, diariamente surgem incertezas e dificuldades. Mas os atletas continuam a sentir a mesma motivação. – As dúvidas sempre existiram, sempre existirão. Mas a única certeza que sempre tivemos é que sabemos onde queremos chegar, que é estar sempre no lugar mais alto do pódio. Então, independente das dificuldades do dia a dia e dos treinos, sempre soubemos onde queríamos chegar, afirma Ketyla Paula Teodoro. Ketyla Teodoro e guia antes das semifinais dos 200m T12 IPC – Fomos recebidos pelo professor Silvio e somos do estado de Rondônia. Onde é o único estado do Brasil que não possui pista oficial de atletismo. Então, são muitas dificuldades. Começando a apresentar o esporte. Até porque a primeira dificuldade é como fazer isso com as pessoas com deficiência, pois não existe estrutura para que essas pessoas se desenvolvam. Então desde o início foram muitas dificuldades e muitas lutas. Mas sempre soubemos onde queríamos chegar – acredita Kesley. A convocação não é apenas uma conquista para os atletas, mas também tem um enorme significado para os jovens atletas do estado. – Treinamento e valorização, inspiração através deles, outros atletas virão e se projetarão. Isto é muito importante para o processo de inclusão social. Essa ação, esse esporte é uma ferramenta poderosa de inclusão social. O que sinto, então, é que quando ele subir ao pódio vai passar rápido aquele filme, de tudo que ele passou. É verdade, professor – acredita Silvio. Equipe do Rondônia Clube Paralímpico no Circuito Caixa de Porto Alegre (RS) Arquivo Pessoal/Silvio Corsino A expectativa de Sílvio Corsino e dos paraatletas de Rondônia é que outros nomes possam aparecer. Para tanto, sugerem espaços de desenvolvimento em todo o estado. – Porque os atletas nasceram aqui. Eles são originalmente daqui. Eles trazem uma imagem positiva para o Brasil e para o mundo. Vários espaços públicos não só na capital mas também no interior para que possamos ter muito mais pessoas com deficiência a praticar desporto. Mas é isso que podemos fazer com treinadores, professores, atletas. Qual é? Treinar, trabalhar, incentivar e motivar – considera. Mesmo com uma rápida visita a Rondônia, os irmãos já se preparam para a maior disputa em agosto. – É a maior competição onde todo atleta profissional sonha estar. Ele treina para estar lá e foram três anos de pura dedicação para chegar a esta competição na melhor forma possível, para ter o melhor desempenho da nossa vida. Então, estamos muito confiantes e acreditamos que esse é o momento. Esta é a hora. E mal podemos esperar para embarcar e chegar lá – finaliza Kesley.
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