Apesar de ter um jogo a menos, o Fortaleza está atrás pelo critério de gol esperado; na zona de rebaixamento, Vitória e Corinthians têm os piores percentuais do ano, enquanto o Fluminense tem os melhores. Ao final da 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza confirmou a boa fase e está na liderança da competição, mas quem está na frente em termos de chances de terminar com o título do Brasileirão ainda é o Botafogo. A equipe de Artur Jorge viu sua vantagem diminuir, mas ainda tem 32,47% de chances e está à frente da equipe de Vojvoda, que tem 31,33%. João fecha o gol: Botafogo faz 0 a 0 com o Bahia Apesar da pequena vantagem, o que explica o favoritismo – inclusive para o jogo entre as duas equipes no próximo sábado – são os parâmetros ofensivos e defensivos levados em consideração nos cálculos. A expectativa de gols (xG) é o mais importante e, na média, os números do Botafogo são melhores que os do Fortaleza. Mesmo ainda à frente do time cearense, o Botafogo teve a maior queda, de quase nove pontos percentuais, ao empatar com o Bahia fora de casa. O Fortaleza, por sua vez, venceu o Corinthians em casa (resultado esperado), mas fez o time ganhar 10 pontos percentuais, o maior salto da rodada, assumir a liderança e ficar na liderança dos times com maiores chances de levar isso Brasileiro. Parâmetros de expectativa de gols (xG) ofensivos e defensivos nos últimos 14 jogos Espião Estatística Entre os times que completam o G-4, atualmente com 44 pontos, Flamengo e Palmeiras continuam próximos. Os rubro-negros venceram, mas viram as chances de terminar com o título diminuir um pouco. O time do Palmeiras – que agora disputa apenas o Brasileirão – somou quase a mesma quantidade de pontos perdidos pelos rivais. Veja abaixo a tabela e todos os números dos times que ainda têm chances. + Simulador Ge: e como VOCÊ prevê que esse Brasileirão vai acabar? Chances de título do Brasileirão após 24ª rodada Info Sport + Líder, Novorizontino aumenta chances de acesso; Santos ainda tem maiores chances de subir As chances são determinadas por modelos estatísticos aplicados pelo economista Bruno Imaizumi em microdados coletados pela equipe do Espião Estatístico desde 2013. Foram analisadas as características de 108.590 arremessos e resultados de 4.408 jogos do Campeonato Brasileiro, que servem como um parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa com base na métrica de gol esperado (xG) consolidada internacionalmente. Por exemplo, se uma equipe com desempenhos ofensivos e defensivos apenas medianos for visitante na segunda rodada contra adversários que tenham os melhores desempenhos em casa, as chances deste visitante vencer são menores do que a de uma equipe eficiente e com alta produtividade ofensiva que tenha confrontos programados. contra adversários que, neste momento, têm os piores desempenhos em casa. + Confira a tabela completa da Série Fortaleza vence o Corinthians e assume a liderança do Brasileirão Porém, à medida que novos jogos são disputados, os potenciais futuros mudam, rodada a rodada. Essas são algumas possibilidades que explicam o fato das chances não acompanharem exatamente as posições atuais na tabela: os potenciais futuros são diferentes dos resultados já conhecidos, entre outros motivos, pela inversão de comandos no retorno. Os dados ajudam a calcular o potencial que cada equipe tem para vencer os jogos restantes, considerando o mando de campo e outras características ao realizar 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais da tabela abaixo. A metodologia utilizada é explicada no final do texto. Chances de título no Brasileirão após a 24ª rodada Chances de permanência na Série A 2025 Na parte inferior da tabela, três dos quatro times que estão na zona de rebaixamento se encontram em situação mais delicada do que na rodada anterior. O único que melhorou as chances de permanecer na primeira divisão foi o Atlético-GO, mas continua com a situação mais complicada de todas, com 7,64% de chances de escapar do Z-4. Último colocado da competição, tem os mesmos 22 pontos do Cuiabá, mas o time mato-grossense tem dois jogos a menos, então a chance de escapar é maior. Vitória e Corinthians perderam os jogos fora de casa na rodada (para São Paulo e Fortaleza, respectivamente) e estão na situação mais perigosa das equipes até o momento. Com 39,81% e 45,02%, tem o pior número do torneio e é rebaixado em mais da metade das simulações realizadas pelo ge. Chances de permanência na Série A em 2025 após a 24ª rodada Informações esportivas É justamente de Salvador que vem a maior queda nas chances de permanência na primeira divisão em 2025. O Vitória perdeu 9,5 pontos percentuais ao entrar na zona de rebaixamento. Quem também precisa ligar o alerta – já que teve a terceira pior queda em pontos percentuais – é o Criciúma, que perdeu para o Grêmio em casa e agora está três pontos atrás do Z-4. Com três vitórias, um empate e uma derrota nos últimos cinco jogos, foi o Fluminense quem finalmente saiu da zona de rebaixamento. A vitória fora de casa por 2 a 0 sobre o Atlético-MG foi fundamental para que o time saísse do Z-4 e chegasse a 55,43% de chances de permanecer na Série A de 2025. Foi o maior salto da rodada. Veja a classificação completa abaixo. Chances de permanência na Série A em 2025 após a 24ª rodada + Brusque tem menor média de audiência na Série B e pior bilheteria dos últimos seis anos Libertadores Chances de G-6 na Série A após a 24ª rodada Info esporte Enquanto Copa do Brasil , Sul-Americana e Libertadores não estão decididas, os quatro primeiros colocados do Brasileirão se classificam para a fase de grupos da Libertadores do próximo ano, enquanto os quinto e sexto colocados disputam uma fase preliminar. Caso os campeões das três competições estejam entre os primeiros colocados do Brasileirão, serão abertas novas vagas de qualificação para a Libertadores em nível nacional. Por enquanto, apresentamos as chances das equipes terminarem o Brasileirão em quarto e até sexto lugar. Chances de G-4 e G-6 após a 24ª rodada Metodologia Apresentamos as probabilidades estatísticas com base nos parâmetros do modelo “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), métrica consolidada na análise de dados que toma como referência os arremessos registrado pelo Espião Estatístico em 4.408 jogos do Brasileirão desde a edição de 2013. As variáveis consideradas no modelo são: (1) distância e ângulo do chute em relação ao gol; (2) se o chute foi feito cara a cara com o goleiro; (3) se foi feito sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a submissão foi feita pela primeira vez, ajustada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem da jogada (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubo de bola, reposição, etc.); (7) se a assistência foi prestada dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força de chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada com base em dados do site Transfermarkt (como proxy da qualidade do elenco); (11) tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas provenientes de bolas aéreas; (14) a diferença na pontuação no momento de cada finalização. De cada cem arremessos de meia-lua, por exemplo, apenas sete são marcados. Portanto, um chute em meia-lua tem um gol esperado (xG) em torno de 0,07. Cada posição em campo tem uma expectativa diferente de um chute virar gol, o que aumenta se for um contra-ataque, pois há menos adversários para impedir que a jogada seja concluída. Cada pontuação é somada ao longo da partida para chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Essa variação indica as chances dos times vencerem cada adversário e, a partir daí, são calculadas as chances dos clubes terminarem o campeonato em cada posição. O modelo utilizado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) ocorrerem dentro de um determinado intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada equipe terminar o campeonato em cada posição, foi utilizado o método Monte Carlo, que se baseia basicamente em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações. *A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.
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