Aos 37 anos, Fabián Monzón é reforço do Bonsucesso para as disputas da Copa Rio e da Série B2. A estreia está marcada para o dia 24 Monzón fala sobre treinos ao lado de Messi O trajeto do Recreio dos Bandeirantes até a Rua Teixeira de Castro virou rotina na vida de Fabián Monzón, campeão olímpico pela Argentina em 2008 ao lado de nomes como Messi e Riquelme. Aos 37 anos, o jogador argentino, com experiência no Boca Juniors, Lyon e Fluminense, defenderá o Bonsucesso na Copa Rio e na Série B2 do Rio de Janeiro, equivalente à quarta divisão do estado. Ele assinou contrato até o final do ano e está treinando há três semanas no Estádio Leônidas da Silva. Casado com a brasileira Christie, com quem teve três filhos, se apaixonou pela esposa e pelo país nos seis meses em que jogou pelo Fluminense, em 2013. Desde então, fixou residência no Rio de Janeiro e encontrou uma chance em Bonsucesso. recomeçar depois de mais de um ano sem jogar um jogo profissional. + Bonsucesso negocia promessas e projeta retorno à elite No início de 2024, passou um período de treinamento no Madureira, mas não deu certo. Agora, ele espera entrar em campo no dia 24, quando o Bonsucesso recebe o Sampaio Corrêa, pela primeira fase da Copa Rio. A competição é disputada em partidas eliminatórias de ida e volta entre clubes das quatro primeiras divisões do estadual e vale vaga na próxima edição da Copa do Brasil e uma na Série D do Campeonato Brasileiro. O campeão escolhe primeiro e o vice leva o outro. + Entenda a situação do leilão de parte da sede do Bonsucesso Monzón, reforço do Bonsucesso Infoesporte – Me apresentaram o projeto, o desafio. É uma categoria inferior, mas um clube que está em crescimento. Eu moro aqui, não estava atuando. São jogadores humildes, mocinhos. Comecei a treinar, gostei e já estou me adaptando. Gosto muito do Brasil, do Rio, da Cidade Maravilhosa – disse Monzón, em entrevista ao ge. + O dia especial da mãe de um jogador da quinta divisão do Rio Bonsucesso convive com dificuldades. O clube enfrenta disputa judicial com parte da sede, que inclui o ginásio e parte do campo, vendida em leilão. Foi necessária a construção de novos vestiários para evitar o uso da área leiloada. Monzón entende e valoriza a situação vivida pelos jovens do clube. + Veja como foi a chegada de Monzón ao Fluminense em 2013 – É uma realidade muito absurda. Acho que essa é a palavra. Num clube grande tem todo conforto, roupa, recuperação, academia, médico, fisioterapeuta, tudo. Mesmo com tanto confronto, tem jogadores que não aproveitam. Aqui, isso é necessário. Eles estão fazendo tudo que podem para que você se sinta confortável, mas é outra realidade. Estou como estava no início. Quando comecei nem precisava comprar chuteira, jogava descalço. Digo para eles serem gratos, porque tem gente que está em busca de dinheiro e quer ficar famoso. Tem coisas mais importantes – comentou. + Veja os gols de Monzón Monzón lembra da conquista da medalha olímpica de 2008 Monzón, que perdeu os pais, valoriza o relacionamento com a esposa e hoje acompanha o filho Leon, de nove anos, que joga em uma escola do Fluminense no Recreio dos Bandeirantes. Nesta nova vida como jogador do Bonsucesso, ele mantém vivos os vínculos com o passado, principalmente com a medalha de ouro conquistada pela Argentina em 2008, nos Jogos de Pequim. + Saiba como foi a passagem de Monzón pelo Fluminense. Na campanha pelo título olímpico de 2008, Monzón foi titular pela lateral esquerda. Ele foi titular em cinco dos seis jogos, inclusive na vitória por 3 a 0 sobre o Brasil nas semifinais da competição. – Cada vez que me perguntam isso eu começo a lembrar. Comecei como profissional e, depois de 15 jogos, já fazia parte da seleção nacional, com caras conhecidos como Messi, Riquelme, Lavezzi… Isso me impactou muito, porque eu não tinha ilusão de ficar conhecido, apenas queria brincar, representar. a camisa. É motivo de orgulho, uma coisa muito grande e vencer foi uma coisa maravilhosa – disse. A relação com Messi hoje se limita a encontros esporádicos na Argentina ou quando o time vem jogar no Brasil. Mas as memórias dos treinos de 2008 ainda estão vivas. – Ele já estava no Barcelona, já era grande. Quando começou o primeiro treino, marquei à distância para não levar caneta. Muito rápido. Uma grande honra para mim, porque são pessoas muito humildes. Além de dinheiro e fama, são humildes com todos. Admiro isso mais do que coisas materiais. É muito bom coração – comentou. Reforço do Bonsucesso, Monzón treina no Estádio Leônidas da Silva Monzón contou sua reação ao ver o título da Copa América, conquistado com a vitória sobre a Colômbia na final da competição, no domingo, com gol de Lautaro Martínez. – Não sou de torcer, enlouquecer, mas admiro o jogo. Procuro assistir com admiração, que seja um bom jogo. Não foi tão bonito. A Colômbia jogou bem, mas estou feliz pela Argentina, um país que sofre muito. Eles não desistiram. Foi realmente uma coisa de grupo, o que mostra claramente o quanto eles gostam de estar juntos – afirmou. Monzón com o presidente do Bonsucesso, George Joaquim Bonsucesso No Bonsucesso, Monzón será comandado por Vinicius Almeida. Começou o ano como técnico da seleção sub-20 e ganhou a oportunidade de trabalhar com profissionais para ajudar na reconstrução do clube, que almeja subir rumo à elite do futebol carioca. – Tê-lo no elenco é uma responsabilidade muito boa, que só agrega valor. Tem sido um ambiente maravilhoso. É um cara super humilde, com uma qualidade técnica absurda. Então, só falta agregar bom senso aos demais atletas que também fazem parte, que também são importantes dentro desse processo de reconstrução – explicou o treinador, que inicialmente deverá utilizar Monzón como segundo volante. Aos 43 anos, nova-iguaçuense e pai de dois filhos, Vinicius teve grande parte de suas experiências nas categorias de base de clubes cariocas, incluindo o Vasco. No momento, ele coordena um projeto de escola de futebol em sua cidade ao lado de Athirson e está matriculado no curso de formação da Associação de Futebol Argentino (AFA), além de já tê-los concluído na CBF. Os conhecimentos adquiridos no momento serão aplicados na busca dos objetivos traçados pelo Bonsucesso para a temporada, mesmo com todas as dificuldades que o clube apresenta. – O que planejei é que nos ajudemos, não tem outro jeito. Haverá dificuldades aqui e ali, mas o objetivo é ajudar a nos unirmos. Os objetivos são sair da B2 e trabalhar aos poucos na Copa Rio, sabendo de todas as dificuldades, também com mentalidade vencedora. Vinicius Almeida, técnico do Bonsucesso Bonsucesso Na Copa Rio, os jogos contra o Sampaio Corrêa serão nos dias 24 de julho, no Estádio Leônidas da Silva, e 7 de agosto, no Elcyr Resende. A estreia na Série B2 ainda não foi confirmada, mas a competição está prevista para começar em setembro.
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