Depois de entrar no Guinness Book ao participar de 366 maratonas em 366 dias consecutivos, Hugo Farias planeja ser o primeiro a correr do Alasca a Ushuaia Depois de fazer história e entrar no Guinness Book ao correr 366 maratonas em 366 dias consecutivos, o brasileiro Hugo Farias quer ir ainda mais longe. Em 2025, o ultramaratonista pretende se tornar o primeiro ser humano a cruzar toda a extensão do continente americano, do Alasca à Terra do Fogo, numa aventura de oito meses. O Projeto Américas, como é chamado o projeto, prevê um percurso de 23 mil quilômetros, com altitude estimada de 130 mil metros, o equivalente a quase 15 vezes a altitude do Monte Everest. + Ator Nicolas Prattes revela rotina do atleta para correr maratonas + Homem que faz hemodiálise corre maratona ao lado do médico Hugo Farias ao correr 366 maratonas em 366 dias consecutivos Luis Fernando Soncini Corrida de Norte a Sul O percurso terá início em Prudhoe Bay, no extremo norte do Alasca, na América do Norte. A partir daí, Hugo iniciará a corrida, com o plano de percorrer 100 km por dia, acompanhado de um motorhome. O veículo servirá de apoio ao atleta e a uma equipe de filmagem que será responsável pela produção de um documentário sobre o Projeto Américas, que tem custo total estimado em R$ 1 milhão. Pela Rodovia Pan-Americana, o ultramaratonista correrá para o sul e cruzará a América do Norte, passando por cidades como Calgary, no Canadá, e Denver, nos Estados Unidos, antes de entrar no México pela costa atlântica e seguir em direção à cidade vindo do Panamá. Como não existe uma estrada que faça a ligação direta entre o Panamá e a Colômbia, Hugo precisará pegar um vôo para Cartagena das Índias, onde terá início a viagem pela América do Sul. Na nossa metade do continente, o roteiro ainda não está 100% decidido, pois Hugo traçou dois possíveis roteiros até a cidade argentina de Ushuaia, onde pretende passar o Réveillon com a família no final da viagem, prevista para termina na Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul. — Na América do Sul, existem duas rotas. Neste momento estou pensando em entrar no Brasil, principalmente por causa do noivado. O caminho mais curto não é pelo Brasil, é pela Colômbia, Equador, Peru e Chile até a Argentina lá embaixo. Lá, é um percurso de cerca de 10.000km. Se eu passar pelo Brasil, vai aumentar cerca de 1.000km. Tudo vai depender de como estou me sentindo — diz Hugo. Caso a entrada no país seja confirmada, o brasiliense residente em São Paulo, residente em Americana, terá que cruzar os estados de Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, antes de chegar à Argentina via Foz do Iguaçu ( relações públicas). A maior parte do percurso será composta por rodovias pavimentadas, a serem percorridas pelas margens, mas alguns trechos na Amazônia e na Venezuela terão que passar por áreas de terra. Outro obstáculo significativo será a altitude do percurso, que alterna zonas costeiras e montanhosas ao longo dos países percorridos. — O percurso deveria proporcionar mais de 130 mil m de altitude, que foi mais ou menos o que fiz no Projeto Propósito. Mas haverá longos trechos, longas subidas e descidas. A ideia é manter a mesma quilometragem (cerca de 100km por dia). — Se eu optar por passar pelo Brasil, o percurso aumentará e a altitude diminuirá. Se eu passar pelos Andes, a altitude aumenta e a quilometragem diminui. No final, você encontrará por si mesmo — acrescenta. A quilometragem é a soma de toda a extensão do percurso e a altimetria é a soma de todas as altitudes ao longo do percurso percorrido. Como fazer um documentário é um dos planos do projeto, Hugo também poderá incluir pequenos desvios no percurso para conhecer pontos turísticos e mostrar as belezas do continente. Por exemplo, ao chegar ao Brasil pela Venezuela, o atleta pretende visitar o Monte Roraima, que marca a tríplice fronteira entre os dois países e a Guiana. O brasileiro Hugo Farias corre maratonas todos os dias do ano Hugo acredita que existe a possibilidade de registrar não apenas um, mas vários recordes. De cara, ele cita o potencial de ser reconhecido como o primeiro ser humano a cruzar as Américas de forma ininterrupta, já que o japonês Wataru Iino, que comanda os cinco continentes, separou a América do Sul e a do Norte em duas pernas diferentes, e o corredor com maior número de ultramaratonas consecutivas. Porém, graças à originalidade da odisseia, outros registros poderão surgir ao longo do caminho. Logística e riscos no trajeto A logística de alimentos e suplementos representa um desafio à parte, principalmente em alguns trechos que significam alguns dias sem passar tempo nas grandes cidades. Como a alimentação também é um dos principais pilares do projeto, a ideia inicial de Hugo é firmar parceria com empresas para fornecimento de insumos, para serem transportados no motorhome. Uma das maiores aspirações do ultramaratonista, o navegador e explorador Amyr Klink cruzou o Oceano Atlântico da Namíbia até Salvador carregando todos os seus alimentos em um caiaque, numa logística bem mais complicada. + Dicas para correr sua primeira maratona: veja o guia completo + Guia: como se preparar para correr ultramaratonas Assim como fez com o Projeto Propósito, missão de maratonas consecutivas, Hugo trouxe expertise em mapeamento de riscos corporativos com a intenção de prever o máximo possível das variáveis que você encontrará ao longo do caminho. Ele tem se dedicado a coletar informações, inclusive de quem já percorreu esse trajeto por outros meios. São os casos dos brasileiros Leonardo Carlos da Silva, do canal “Léo Pedalando pelo Mundo” e recordista mundial do ciclismo, e de Luiz Torelli, que viajou de Uno do Brasil para os Estados Unidos. — Sabemos que existem alguns riscos. No México, a questão do tráfico. Na Nicarágua também existem riscos. Podemos precisar de alguma equipe de suporte de segurança local. Não sei se você consegue filmar. Ainda estou planejando muito disso para estar bem preparado, mas sei que enfrentarei alguns obstáculos em alguns desses países. + Nadador de 16 anos é o mais jovem brasileiro a cruzar o Canal da Mancha Hugo Farias se prepara para maratona com treinos diários de 42 quilômetros Preparação física Quando embarcou na jornada de passar um ano inteiro correndo maratonas diariamente, Hugo já era atleta amador , tendo participado de competições de triatlo e corrido 42,195km em uma ocasião, mas precisei levar meu condicionamento físico a um nível muito mais exigente. Para isso, o atleta integrou uma equipe multidisciplinar, aumentou gradativamente o volume e monitorou todos os indicadores de saúde. Desta vez não será diferente. Por mais habituado a maratonas, Hugo só ultrapassou esta distância uma vez, percorrendo 44km. Para atingir o volume de corrida necessário para enfrentar o Projeto Américas, de 100km por dia, o atleta precisará escalar uma montanha ainda mais alta. Mas isso não o preocupa. – [Nunca corri] Nada perto de 100km, mas a carroceria é uma ferramenta impressionante. Tudo é treinamento. Vamos treinar esse aumento de volume, tem uma equipe que vai estar comigo aqui. Vamos monitorar todos os aspectos nutricionais, todos os aspectos cardíacos no processo de preparo. Tudo com muito cuidado e base. Conscientização sobre a saúde No projeto anterior, o ultramaratonista, que também se tornou escritor e palestrante, se questionou sobre o uso do tempo e o rumo que gostaria de levar na vida após os 40 anos. executivo da área de tecnologia em busca de novas motivações e batizou essa missão de Projeto Propósito. + 10 sinais de que você precisa fazer atividade física No Projeto Américas seu objetivo vai além. Hugo quer continuar fazendo história, mas ao mesmo tempo inspirar as pessoas a transformarem suas vidas por meio do esporte e da alimentação saudável. Ele também quer passar a mensagem de que, com foco, disciplina e determinação, pessoas normais são capazes de fazer coisas incríveis e que nunca é tarde para escrever uma nova história. — Este projeto tem a conotação de sensibilizar a população em geral para a alimentação saudável e a atividade física, para prevenir vários tipos de cancro e combater a depressão e outras doenças mentais que o sedentarismo e a má alimentação provocam. — O Brasil é o país mais deprimido da América Latina, e este projeto irá aumentar a conscientização sobre a atividade física e a alimentação saudável como ferramentas de transformação para as pessoas. Ninguém precisa correr 100km em média, mas se você adotar hábitos saudáveis, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), sem dúvida fará muito bem à sua saúde física e mental — continua Hugo. Custo do projeto Na execução do Projeto Propósito, Hugo custeou a maior parte dos gastos, utilizando as próprias economias do período em que era executivo e contando com a ajuda da esposa Daniela, dermatologista. Desta vez, o custo estimado é consideravelmente maior, ultrapassando R$ 1 milhão, devido a uma logística mais complicada. Para cobrir despesas, o ultramaratonista busca parcerias com empresas que acreditem no projeto e forneçam recursos financeiros. — É um projeto bem mais caro porque tem todas essas viagens, toda a logística de aluguel de motorhome, motorista, equipe de filmagem… Pretendemos fazer um documentário para distribuir em qualquer canal de streaming ou televisão que queira acompanhar e exibir esta jornada. A ideia é gerar conteúdo que contribua com a população e tudo isso tem um custo significativo — analisa Hugo, lembrando que ainda é preciso manter a família em Americana enquanto se faz história.
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