Argelinos e taiwaneses foram desclassificados do campeonato mundial por falharem nos testes biológicos, de acordo com critérios de associação banidos pelo COI devido a problemas de governança Dois boxeadores desclassificados do campeonato mundial do ano passado, falhando nos testes de gênero, foram autorizados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a competir no torneio de boxe feminino nas Olimpíadas de Paris 2024. + Programação: confira o calendário olímpico + Confira o canal olímpico no WhatsApp de ge Lin Yu-ting (à esquerda) e Imane Khelif, boxeadoras liberadas para participar do torneio feminino dos Jogos Olímpicos Paris 2024 Montagem/Reprodução/Instagram Envolvidos na polêmica A argelina Imane Khelif, na categoria até 66kg, e a taiwanesa Lin Yu-ting, na categoria até 57kg, estrearão na competição em Paris nesta quinta (1º) e na sexta (2), respectivamente. + Olimpíadas de Paris 2024: onde assistir ao vivo + Confira o quadro de medalhas No campeonato mundial de boxe do ano passado, em Nova Délhi, na Índia, ambos foram desclassificados pela Associação Internacional de Boxe (IBA), cujo presidente, Igor Kremlev, disse à agência de notícias russa Tass que os testes de DNA “que eles tinham cromossomos XY e, portanto, foram excluídos de eventos esportivos”. Nas palavras do executivo, “foram identificados vários atletas que tentaram enganar os colegas e se passarem por mulheres”. Desde então, porém, o COI baniu a IBA do circuito olímpico devido a recorrentes falhas de integridade e transparência na governança da associação, acusada de manipulação de resultados e corrupção. A IBA estava suspensa pelo COI desde 26 de junho de 2019 e não conseguiu organizar o torneio de boxe das Olimpíadas de Tóquio, administrado por uma força-tarefa do COI, que chegou a ameaçar tirar o esporte de Paris. Apesar da proibição, decidida em assembleia da entidade em junho, o boxe continuou a ser disputado na edição deste ano. Segundo o jornal britânico The Guardian, o sistema oficial do COI informa que Imane e Lin foram desclassificadas em testes de gênero no ano passado. Nesse sistema, afirma que Khelif foi “desqualificada poucas horas antes de sua disputa pela medalha de ouro contra Yang Liu no Campeonato Mundial de 2023 em Nova Delhi, Índia, depois que seus níveis elevados de testosterona não atenderam aos critérios de elegibilidade”. Em relação a Yu-ting, diz-se que a taiwanesa “perdeu a medalha de bronze depois de não cumprir os requisitos de elegibilidade com base nos resultados de um teste bioquímico”. Keno Marley avança às quartas de final da categoria até 92kg Estão autorizados pelo COI a participar das Olimpíadas de Paris, também organizadas pela própria entidade, com regras de elegibilidade consideradas menos rígidas que as da IBA. Yu-ting não comentou a divulgação do COI. A agência France Press noticiou que Khelif afirmou ter sido vítima de uma “grande conspiração” quando foi desclassificada daquele campeonato mundial.
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