O próximo desafio de Rafael Paiva é corrigir os erros do time no último terço Vasco 1 x 1 Botafogo | Melhores momentos | 13ª rodada | Brasileirão 2024 O Vasco de Rafael Paiva está ganhando forma. No empate por 1 a 1 contra o Botafogo, na noite deste sábado, o time foi competitivo na defesa, mas não teve repertório suficiente no ataque para buscar um resultado melhor em São Januário. Este é um ponto que o interino precisa trabalhar. Em casa, o Vasco empatou bem o jogo e conseguiu cercar o Botafogo, que teve bons momentos no jogo e, apesar de ser melhor tecnicamente e ter um elenco mais qualificado, não conseguiu ser muito melhor que o rival. Com poucos treinos entre um jogo e outro, Paiva teve o mérito de acertar a defesa vascaína. – Conseguimos organizar um pouco a parte defensiva, ser mais compactos, conseguir defender com mais jogadores, não sempre só no bloco baixo, mas conseguimos pontuar mais alto. Acho que é um grande avanço – disse o interino. + Paiva diz estar feliz com insatisfação de Payet: “Ele é muito competitivo” É certamente uma melhoria em relação ao que o Vasco havia apresentado com o técnico anterior, Álvaro Pacheco. Mas ainda há muito o que melhorar. O Botafogo criou espaços que o time da casa não conseguiu aproveitar. O goleiro John Victor não teve problemas. O primeiro tempo foi muito ruim tecnicamente, com muitas faltas, e ambas as equipes contribuíram para isso. O Botafogo teve mais posse de bola, mas não conseguiu produzir devido ao bom desempenho defensivo do adversário. O Vasco desarmou, venceu a maior parte dos duelos e protegeu bem a sua área. Por outro lado, não conseguiu aproveitar as transições e apenas fez um remate à baliza, com Hugo Moura a finalizar bem acima da baliza alvinegra, aos 22 minutos. + Vídeo: Payet sai irritado com substituição Paiva arriscou na escalação com a dobradinha na lateral esquerda – tentativa de corrigir ausência de David, suspenso, e reforçar a marcação dos pontas botafoguenses. Funcionou, mas, ofensivamente, Lucas Piton não se saiu bem como ponta e pouco acrescentou no primeiro tempo. Para o Vasco, além do desempenho defensivo, houve boas notícias sobre o retorno de Payet. O francês saiu do banco mais cedo do que o esperado para substituir Estrella, que estava lesionada. Mesmo ainda sem ritmo e sem muita intensidade, o camisa 10 é diferente na hora de tocar na bola. Não gerou situações de gol, mas organizou o meio e distribuiu bons passes. Ele desapareceu, mas reapareceu no segundo tempo até ser substituído, aos 14 minutos, e saiu irritado. Payet é substituído no Vasco, se irrita e chuta no banco O Vasco ainda teve sorte de não perder um jogador. Hugo Moura fez uma entrada dura em Tchê Tchê, acertando com a sola na canela do rival, mas o árbitro deixou o jogo continuar – motivo de muita reclamação do Botafogo. Melhor do que o retorno de Payet após cinco jogos afastado por lesão foi o desempenho de JP. Escolhido para titular no lugar de Mateus Cocão, suspenso, o meia deu conta do recado e foi o melhor jogador do Vasco. Fez todos os passes que tentou, marcou bem e ocupou espaços. A interina deu novo impulso à marcação com substituições no segundo tempo, quando o Vasco voltou melhor, mas depois o time perdeu o poder criativo com a saída de Payet. Ele tentou marcar mais alto e isso acabou abrindo espaço para o Botafogo avançar. O rival aproveitou. Em cobrança de escanteio, Bastos contou com marcação solta e falha de Léo Jardim, que pouco antes havia feito grande defesa em chute de Cuiabano, para marcar aos 27 minutos. Vegetti comemora gol em Vasco x Botafogo Thiago Ribeiro/AGIF + Clique aqui para acompanhar o novo canal ge Vasco no WhatsApp A evolução do Vasco também envolve mentalidade. A equipe não desiste e esse é um ponto importante no trabalho de Rafael Paiva. Foi assim contra São Paulo e Bahia, reagindo depois de perder, e também contra o Botafogo. O jogo caminhava para a vitória alvinegra, mas o Vasco conseguiu algo que até então não vinha dando certo: uma bola para Pablo Vegetti. O centroavante havia perdido uma boa chance minutos antes, após cruzamento de Paulo Henrique, e não desperdiçou a segunda. O passe veio de Piton, que havia voltado para a lateral esquerda. O cruzamento é uma arma do jogador, e o poder de decisão de Vegetti é o que o Vasco tem de mais perigoso. Portanto, a bola tem que chegar ao argentino mais de uma vez no jogo, e o repertório precisa ser trabalhado. + Leia mais notícias do Vasco Rafael Paiva enfrenta o desafio de ter pouco tempo para treinar. O interino conseguiu organizar a parte defensiva com rapidez e agora tem que resolver a questão do passe final. – O que tenho exigido muito, e eles sabem, é o refinamento no último terço, para que possamos criar mais situações de gol, não só com cruzamento, mas também com infiltração, com tabela, com transição… É um processo em construção, estamos no caminho. Os jogadores têm consciência de que estamos conseguindo evoluir, mas agora precisamos do refinamento final – destacou o treinador. O Vasco terá três dias para se preparar para o próximo jogo, quarta-feira, contra o Fortaleza, às 20h, também em São Januário. Ouça o podcast do GE Vasco Assista tudo sobre o Vasco no GE, Globo e SporTV:
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