Análise: sob novo comando, Fluminense precisa correr contra o tempo no Brasileiro

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Lanterna, o Tricolor chega à quinta derrota consecutiva no torneio na primeira partida com Marcão. O substituto de Diniz terá que buscar soluções o mais rápido possível. Nova rodada, novo técnico, velhos problemas. Em busca da recuperação no Brasileirão – torneio em que está na última posição, com seu pior início de campeonato em pontos corridos -, o Fluminense chegou para o duelo com o Vitória, nesta quinta-feira, com um peso enorme nos ombros. E se a expectativa era de triunfo (ou pelo menos empate) para elevar o moral, o desfecho acabou sendo o mais melancólico possível. Assista à coletiva de imprensa do técnico Marcão, do Fluminense, após a derrota para o Vitória + Clique aqui para acompanhar o novo canal do ge Fluminense no WhatsApp Muita coisa aconteceu na semana tricolor. Após a derrota para o Flamengo, no último domingo, Fernando Diniz foi demitido. O final do ciclo foi repleto de gratidão e lágrimas de ambos os lados, mas também houve o entendimento da diretoria de que o clube estava em situação insustentável. A pessoa escolhida para dar continuidade ao trabalho foi Marcão. Era a opção mais óbvia, visto que o auxiliar técnico permanente tinha contato diário com o trabalho do antecessor, conhecia bem os integrantes do elenco e o Fluminense não tinha tempo a perder. O novo-velho treinador – que deverá permanecer no comando até o final da temporada – traçou um time com mudanças, com Terans substituindo Renato Augusto no meio-campo. Martinelli voltou à posição original e Thiago Santos assumiu a defesa. Na prática, quando a bola rolou, a situação dentro das quatro linhas não era inédita. Mesmo que a pressão tenha sido um pouco melhor, o jogo do Fluminense foi mais marcado pela lentidão que assola o time há algum tempo. + Marcão revela cobranças entre jogadores do Fluminense após derrota: “Não dá para falhar” Marcelo e Marcão conversam durante o confronto contra o Vitória André Durão Foram apenas duas boas chances no primeiro tempo. A primeira com Keno, que driblou Lepo e obrigou Lucas Arcanjo a defender; e com Cano, que chutou de primeira após cruzamento de Ganso. Aos 33, a lenta troca de passes causou suas primeiras consequências na arquibancada, com vaias da torcida. Por outro lado, os presentes no Maracanã reagiram positivamente às bolas mais longas. Os gritos de desaprovação se repetiram no final do primeiro tempo, mas logo foram substituídos por aplausos e gritos de “Nense”. Os sucessivos erros de passe de Gabriel Pires fizeram a torcida comemorar quando os telões anunciaram a troca do camisa 22 por Alexsander. O jovem deu uma nova cara à partida e trouxe muito dinamismo no início do segundo tempo, mas o maior volume de jogo não se refletiu em múltiplas chances de gol. No meio da segunda etapa, já bem menos agressiva, o Fluminense ouviu a impaciência de sua torcida em mais uma ocasião. Marcão, por sua vez, demorou a pedir novas modificações. John Kennedy só entrou aos 32, assim como Renato Augusto; Martinelli e Ganso saíram. + Atuações do Fluminense: Gabriel Pires e Keno vão mal na derrota para o Vitória; dê suas notas Gabriel Pires em Fluminense x Vitória Jorge Rodrigues/AGIF Keno permaneceu em campo por quase 90 minutos, sem uma atuação que correspondesse à sua chance, e foi vaiado na entrada de Douglas Costa. Marcelo também saiu de campo, dando lugar a Diogo Barbosa. O grito de “benção, João de Deus”, conhecido justamente por trazer fé e “abençoar” momentos difíceis, simbolizou muito bem o que foi a reta final do jogo. Depois, aos 44, um erro de John Kennedy gerou uma jogada sensacional de Zé Hugo, que se livrou de quatro marcadores e encontrou Janderson, que bateu cruzado para encher a rede de Fábio. Gol do Vitória, final melancólico no Maracanã e novos gritos de “time sem vergonha”. O futebol não é feito de números, mas estes começam a assustar e nos levam a acreditar que a temporada do Fluminense será realmente marcada pela luta contra o rebaixamento. Dos times em situação semelhante após 12 rodadas, já que o Campeonato Brasileiro passou a contar com 20 clubes, apenas o Ceará em 2018 foi salvo. + Marcelo pede desculpas à torcida e confia na recuperação do Fluminense: “Fazendo o melhor que posso” Marcão em Fluminense x Vitória, pelo Brasileirão 2024 Marcelo Gonçalves/FFC A cada rodada e a cada erro, a torcida acumula um pouco mais de desespero. O calendário se impõe, e a janela para ajustes não é das mais longas – antes do importantíssimo duelo contra o Grêmio, por exemplo, serão apenas dois dias de preparação. Talvez o maior desafio de Marcão seja este: conciliar a tolerância zero aos erros com uma verdadeira corrida contra o tempo. A pressão já existe. O Fluminense volta a campo neste domingo, às 16h, para enfrentar o Grêmio pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a derrota para o Vitória, o clube carioca segue na última posição da tabela, com seis pontos em 36 possíveis. Leia mais notícias do Fluminense Ouça o podcast do ge Fluminense Assista: tudo sobre o Fluminense no ge, Globo e sportv



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