Ulisses Ribeiro, paulista, mora no Ceará há 24 anos. Proprietário de uma pousada no litoral cearense, ele conta muitas das histórias vividas nos Estados Unidos durante a Copa do Mundo de 1994 Tetra 30: os bastidores, as histórias e a dramática final da Copa do Mundo de 1994 Em 1994, no dia 20 de junho , o Brasil venceu a Rússia por 2 a 0 no início da trajetória de quatro jogos. Após o jogo, uma festa promovida por um dos patrocinadores do time reuniu atletas, comissão e alguns membros da imprensa. Ambiente fechado, privado, sem acesso para torcedores, importante marcar. Exceto Ulisses Ribeiro, do São Paulo, então com 28 anos. O amante do futebol estava por perto quando avistou uma equipe de TV, com repórter e cinegrafista, passando em direção ao encontro. Assim que viu os cabos dos equipamentos, enrolou-os alguns metros, colocou-os nas costas e, quando menos esperava, estava dentro da festa brasileira. – Eu toco pandeiro. Quando vi, estava tocando pandeiro com o Ronaldinho, na sua primeira Copa do Mundo. Agarrei nos cabos para ajudar, mas quando toquei, estava lá dentro! Fiquei lá das 13h às 22h, fazendo o maior churrasco! – lembra o paulistano de 58 anos. Ulisses (à direita) e Ronaldo Fenômeno em festa após a vitória de estreia sobre a Rússia em 1994 Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro Ulisses é um dos apaixonados por futebol. Em 1994, trabalhou em uma companhia aérea e, nos Estados Unidos, acompanhou quase todos os jogos da Seleção Brasileira durante os quatro anos de campanha. Inclusive a final, contra a Itália, decidida nos pênaltis e encerrada após cobrança desperdiçada de Roberto Baggio. No estádio, Ulisses sentou-se ao lado da bancada de imprensa onde estavam Galvão Bueno, Arnaldo César Coelho e Pelé. De perto, ele viu o eterno “é teeetraaa, é teeetraaa!” estrelado por Galvão. – Fiquei perto deles, bem ao lado deles. Tenho até uma foto que tirei do Pelé – diz. Pelé na cabine de imprensa do Rose Bowl, em 1994, pelas lentes de Ulisses Ribeiro Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro Caminhada matinal antes da final O paulista mora no Ceará há 24 anos. Proprietário de uma pousada na praia de Águas Belas, a 65 quilômetros de Fortaleza, Ulisses compartilha com a esposa, Luciana, e o filho, Felipe, inúmeras histórias acumuladas em sua memória. E que lembrança! Enciclopédia de acontecimentos históricos, o empresário certa vez dirigiu de São Paulo ao Rio para assistir ao primeiro título mundial do Corinthians, contra o Vasco, no Rio de Janeiro, em 2000. Em 2014, na Copa do Mundo, já morando em Fortaleza, foi para todos os jogos da capital cearense, protagonizando histórias, como ele mesmo gosta de enfatizar: “inacreditável”. Ulisses Ribeiro (à esquerda) e amigos na Copa do Mundo de 1994 Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro Às vésperas da final de 1994 – que completa trinta anos nesta quarta-feira (17) -, Ulisses estava nos Estados Unidos com amigos para um churrasco. Depois de muita festa e um cochilo que durou até a noite, o torcedor acordou às 22h e, devido à ansiedade, não conseguiu mais dormir. Então ele teve uma ideia diferente. – Acordei um amigo meu e fomos até o estádio final, o Rose Bowl. Fomos os primeiros brasileiros a chegar ao estádio, tenho certeza! Ficamos ali conversando, dando voltas e mais voltas no estádio, só esperando o amanhecer. Mas então tivemos que voltar para Los Angeles para pegar o resto das pessoas e voltar para Pasadena para o jogo. São cerca de 80km de distância entre as cidades. E claro, não dormimos – resgate. Ulisses e Romário, em festa após a vitória sobre a Rússia na estreia da Copa do Mundo de 1994 Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro Presente para Zetti Falante, Ulisses nunca teve dificuldade em fazer novos amigos. Na época, ele morava em Capivari, interior de São Paulo. Perto dali havia um bar que estava sempre lotado. O local chamou a atenção do paulistano, que logo se tornou frequentador assíduo. – Acontece que o bar pertencia ao pai de Zetti, goleiro da seleção. E o pai dele era muito humilde, uma pessoa muito boa. E quando eu disse que ia para a Copa do Mundo nos Estados Unidos, ele me pediu para mandar um abraço para o filho, achando que era fácil – lembra, rindo. O dito “abraço” foi em forma de cartão-postal, assinado pelo pai de Zetti, Antônio, e pelo irmão, Vado. Em solo americano, durante a Copa do Mundo, Ulisses compareceu a um dos treinos da seleção, no estádio da Universidade Santa Clara. Ocasião perfeita para entrega. – O estádio era pequeno, tinha uma cerca que separava a torcida do campo, era bem próximo. E aí Zetti e Gilmar, goleiros, bateram na bola ao lado. Aconteceu que em determinado momento a bola foi parar perto de onde eu estava e, quando Zetti se aproximou, gritei: “Zetti, tenho uma ordem do Sr. Antônio e do Vado!”. Ele não acreditou e me mandou entrar em campo. E eu entrei – diz ele. Ulisses Ribeiro e amigos na Copa do Mundo de 1994 Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro A camisa dos 25 anos do tetra Ulisses não tem mais a camisa do tetra. Acabou trocando por outros de outros países durante a Copa do Mundo, costume dos torcedores. Com muitas alterações já em solo cearense, acabou perdendo muito mais exemplares de outros países. Mas foi em 2020 que recebeu uma das relíquias da coleção. Por ocasião dos 25 anos dos quatro, o estádio Presidente Vargas, na capital cearense, recebeu muitos dos jogadores do Brasil e da Itália (os de 1994) para um amistoso que repetiu a final daquele ano. – Sou muito amigo da mulher do Ronaldão, que fazia parte daquele time de quatro times. E quando eles vieram para Fortaleza para esse jogo festivo no PV, conversamos e ele foi até minha pousada, recebemos alguns jogadores e tudo mais. No final, ele me presenteou com a camisa comemorativa dos 25 anos do time. Guardo esse com muito carinho”, disse. Do lado brasileiro, o público viu craques como Taffarel, Gilmar, Cafu, Jorginho, Márcio Santos, Aldair, Ricardo Rocha, Ronaldão, Mauro Silva, Mazinho, Zinho, Bebeto, Romário, Paulo Sérgio e Viola, que entraram em campo sob o comando o comando de Carlos Alberto Parreira. Em campo, a seleção italiana saiu vitoriosa ao vencer por 1 a 0, com gol de Massaro. Tivemos sorte de o Brasil ter perdido quando poderia perder. Jogadores de Ulisses e da Seleção antes do amistoso contra a Itália, em 2020, no PV Arquivo Pessoal/Ulisses Ribeiro
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