‘Stonehenge da Amazônia’ ganha projeto de preservação | Brasil

Principalmente em meados de 2005, os arqueólogos iniciariam estudos e descobririam uma fonte de pesquisa e interesse científico. É uma região com rochas organizadas em círculo. O Parque Arqueológico do Solstício possui mais de 120 blocos de rochas esculpidas cravadas no solo, alguns deles com até 4 metros de altura e pesando 2 toneladas.

Mas, mesmo antes dessa data, as comunidades e populações locais já se interessavam pelo campo privado que se tornou território estadual, com rochas alinhadas em forma de relógio de sol. Somente na década de 2000, quando foi comunicado oficialmente à comunidade científica, a área passou a receber visitas de arqueólogos e pesquisadores em geral, principalmente com um levantamento inaugural do centro de pesquisas Iepa, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá.

No local foi instalado um centro que funciona até hoje. Chama-se sítio, objecto do Parque Solstício, em Calçoene. O gestor do centro de pesquisas, e arqueólogo Lúcio Costa, fala sobre a magnitude do parque.

Uma curiosidade sobre o parque é a sua origem. Arqueólogos já encontraram vestígios do que poderia indicar um cemitério indígena nas profundezas das rochas. Estudos no local também descrevem que o local era utilizado em cerimônias de oferendas por povos antigos, principalmente comunidades indígenas.

A disposição das pedras indica o alinhamento dessas estruturas e a possibilidade de monitoramento meteorológico. Uma das teorias é que o local servia para monitorar as mudanças do período ensolarado para o chuvoso, já que no Amapá só existem duas estações visíveis: verão e inverno.

Atualmente, o Parque Arqueológico Solstício faz parte do novo programa de aceleração do crescimento do governo federal, o PAC Seleções. O Iphan visitou o parque para alinhar os próximos passos deste projeto de investimento, que visa transformar a área em museu.

Em abril, a presidência do Iphan foi visitar o local e assinar protocolo de intenções para a criação do projeto de transformação do Sítio Arqueológico do Rego Grande em parque de preservação.

Atualmente, o projeto já avançou em duas etapas, com finalização de propostas e envio de documentação, e está iniciando a elaboração do projeto base, que deverá continuar futuramente com o recebimento de recursos e a construção do parque.