Em delação premiada, o responsável pela Controladoria da Americanas explicou que, quando as expectativas do mercado não foram atendidas, a diretoria “alterou os resultados para não frustrar as expectativas do mercado”. Ex-CEO foi preso na Espanha nesta sexta-feira (28). Miguel Gutierres e Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretores da Americanas Reprodução e Vinicius Loures/Câmara dos Deputados As colaborações premiadas entre o ex-diretor financeiro e o responsável pelo controle da Americanas junto à Polícia Federal destacaram como foram realizadas fraudes contábeis no empresa. No comunicado, um deles revelou preocupação em não conseguir esconder a fraude de Sergio Rial, CEO que assumiria o cargo em 2022 e que deixaria a empresa após 9 dias. Flávia Pereira Carneiro Mota, responsável pela Controladoria da Americanas, e Marcelo da Silva Nunes, diretor financeiro, repassaram à Justiça Federal informações e conversas que foram importantes para as investigações que culminaram na prisão do ex-presidente da Americanas, Miguel Gutierrez , nesta sexta-feira (28). O MPF destacou ainda que, ao saber que deixaria o cargo de CEO da empresa, em meados de agosto de 2022, Miguel Gutierrez, preso nesta sexta-feira, teria convocado uma reunião, da qual teriam participado para informar os executivos sobre sua saída do grupo. Segundo o MPF, após a reunião mencionada no parágrafo anterior, um dos funcionários convocou outra reunião, na qual manifestou preocupação com a impossibilidade de ocultar a suposta fraude do novo CEO. Verdes e vermelhos Flávia informou que existia um arquivo chamado “verdes e vermelhos”, que armazenava as expectativas de crescimento dos analistas de mercado. Segundo ela, quando as expectativas não eram atendidas, a administração “alterava os resultados para não frustrar as expectativas do mercado”. “De forma muito sintética, é possível afirmar que a maioria das fraudes cometidas teve dois objetivos. Por um lado, um conjunto de manobras fraudulentas foi marcado pela inserção de receitas fictícias no balanço da empresa, bem como a utilização de outros dispositivos para disfarçar Por outro lado, foi realizado outro conjunto de operações para gerar dinheiro, a fim de evitar a descoberta do primeiro grupo de manobras fraudulentas, mas não foi incluído nas demonstrações contábeis ou foi incluído com informações insuficientes, disfarçando o real débito da empresa, diz trecho da investigação do MPF O procedimento foi recorrente, como mostram conversas de Flávia com outros colegas. Segundo as investigações, Flávia foi responsável por diversas fraudes contábeis, lideradas por. Marcelo Nunes, que também colaborou com Alvo de operações da PF, ex-CEO das Lojas Americanas é preso em Madri Segundo Flávia, fraudes podem ocorrer desde antes de 2007, quando ele se tornou controlador da B2W, empresa que posteriormente se fundiu com a Lasa. , grupo que se tornou acionista dos americanos. Ela disse que as discussões para alteração dos resultados foram presenciais ou por telefone, e que o investigado José Timotheo de Barros foi quem repassou as orientações para alteração ou revisão dos valores. José Timotheo, Marcelo Nunes e Flávia Carneiro, segundo a Justiça Federal, praticaram a fraude e se beneficiaram dela, já que, como diretores, “também ganharam bônus milionários”. A operação desta quinta foi resultado de uma investigação iniciada em janeiro de 2023, após a empresa reportar a existência de “inúmeras inconsistências contábeis” e um rombo patrimonial inicialmente estimado em R$ 20 bilhões. Posteriormente, a Americanas revelou que a dívida chegava a R$ 43 bilhões. Preocupação com fraudes Em 2022, Miguel Gutierrez convocou uma reunião com Anna Saicali, que está foragida, Timotheo Barros e outras pessoas, incluindo Marcelo Nunes. O objetivo era anunciar sua saída do cargo. Ainda segundo o documento da PF, o ex-CEO da Americanas traçou duas etapas em seu plano de blindagem. Reprodução Posteriormente, Marcelo convocou outra reunião, na qual revelou sua preocupação por não conseguir mais esconder as fraudes do CEO que assumiria o cargo, Sérgio Ridal. Marcelo ainda foi o responsável por fazer um levantamento das fraudes contábeis da empresa. O documento foi enviado à antiga diretoria em agosto de 2022. A meta do grupo seria captar R$ 15 bilhões por meio de esquemas. “Foram apresentadas diferentes alternativas para ocultar o buraco financeiro: aumentar o saldo de estoques para posteriormente efetuar uma baixa significativa de estoques por perda ou venda abaixo do custo original; baixa de ativos fixos e intangíveis com justificativa técnica de redução ao valor recuperável; imputação de perdas em decorrência do ataque sofrido pela B2W ou aumentar as provisões para perdas ou contingências”, afirmou a denúncia do MPF. Marcelo disse que entrou em contato com André Covre, indicado pelo novo CEO, e afirmou que os números apresentados na reunião de 27 de dezembro de 2022 não refletiam a real situação da empresa. Americanas: entenda a fraude que originou a operação da PF Os números que refletiram a fraude eram do balanço de setembro de 2022, que deu suporte ao fato relevante divulgado em janeiro de 2023 pela empresa. Segundo o MPF, as investigações comprovam que, antes da queda substancial nas cotações das ações da Americanas, os réus anteciparam e venderam centenas de milhões de reais em ações. Como foram realizadas as fraudes A composição foi detectada em pelo menos 2 operações: Risco retirado: adiantamento a fornecedores por meio de empréstimos bancários; Orçamento publicitário cooperativo (VPC): incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas neste caso foram contabilizados VPCs que nunca existiram. No caso do Fundo de Propaganda cooperativo, segundo o MPF, “foram criados lançamentos contábeis fraudulentos, referentes a VPC inexistente. e se necessário, apenas para atender eventual demanda de comprovação da auditoria externa”. Foram identificados vários crimes, como manipulação de mercado, utilização de informação privilegiada (ou abuso de informação privilegiada), associação criminosa e branqueamento de capitais. Se condenados, os alvos podem pegar até 26 anos de prisão. A força-tarefa incluiu procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atual gestão do Grupo Americanas também contribuiu para o compartilhamento de informações da empresa.
emprestimo banco juros
emprestimo consignado bradesco simulação
refinanciamento empréstimo
sac c6 consignado
quantos empréstimos o aposentado pode fazer
emprestimo pessoal em curitiba
simulador emprestimo consignado banco do brasil
simulador empréstimo consignado caixa
0