Em nova série da CBN São Paulo, o repórter Daniel Reis percorre os bairros da capital paulista conversando com moradores sobre os problemas de cada região. Nesta sexta-feira (28), a reportagem circulou pela subprefeitura do Ipiranga, que abriga o Museu do Ipiranga, o Parque do Ipiranga e o Monumento da Independência. Os distritos de Ipiranga, Sacomã e Cursino fazem parte da região desta subprefeitura.
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O Ipiranga abriga o Museu do Ipiranga, antigos casarões que atualmente possuem diversos usos, residências e galpões industriais próximos ao Rio Tamanduateí.
Esta região vem passando por significativas transformações urbanas que já são sentidas pela população.
Em janeiro, a prefeitura sancionou o Projeto de Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que prevê o adensamento populacional por meio de incentivos à construção de arranha-céus em alguns bairros, entre eles o Ipiranga e a Vila Carioca, que também fica no bairro do Ipiranga.
Áreas como a Avenida Dom Pedro I, onde hoje podem ser construídos edifícios com limites de altura seis vezes maiores do que anteriormente permitido, deverão trazer grandes mudanças para a região.
O projeto prevê ainda a criação de parques de combate a enchentes e ilhas de calor e outros investimentos, com recursos provenientes da construção de moradias.
35% dos recursos serão destinados à habitação HIS (Habitação de Interesse Social) e 5% à preservação do patrimônio.
A professora de urbanismo da Universidade São Judas, Andrea Tourinho, critica o projeto aprovado. Para ela, houve um exagero na permissibilidade da verticalização.
já aprovado, ela ressalta que a gestão deve dialogar com a população para definir o direcionamento dos recursos e buscar preservar a identidade e o patrimônio do bairro.
A Avenida Dom Pedro I é uma que deverá passar por grandes mudanças. Na verdade, é preciso torná-lo mais agradável para quem acessa a pé.
Já existe um projeto da Prefeitura de São Paulo que prevê requalificação. Entre as intervenções estão travessias do Riacho do Ipiranga, obras de drenagem superficial para reduzir enchentes, novas calçadas iluminadas e áreas verdes e incentivo ao uso de espaços públicos para lazer.
Estão previstas obras na Avenida do Estado e na Avenida Tereza Cristina, para melhorar a circulação de pedestres até o Museu do Ipiranga. As ações fazem parte do projeto “Eixo Histórico Ipiranga”.
A professora Andrea Tourinho também cobra bons projetos das construtoras.
Com mais moradores, as pessoas já vivenciam uma piora no trânsito em vias como Avenida Nazaré, Rua Bom Pastor e Gentil de Moura.
A competição por vagas de estacionamento, por exemplo, é uma realidade. Existem muitos carros.
Victor Zangeralamo mora no Ipiranga há pouco mais de um ano e conta que o bairro vem recebendo muitos lançamentos de novas construções. Com a chegada de novos moradores, faz uma reclamação muito específica, a instalação de semáforo em Gentil de Moura e 28 de Setembro.
O ouvinte conta que no início do ano entrou em contato com a CET e lhe informaram que o local faz parte de um projeto que possibilitaria mudanças, incluindo a instalação de um semáforo no endereço em 2025.
No Sacomã, a ouvinte Ana Maria menciona o descarte irregular de entulho no início da Rua Nossa Senhora da Mercês.
A menos de 1km do local citado pelo ouvinte existe um Ecoponto adequado para esse tipo de descarte.
Na Rua Comandante Taylor, próximo ao Distrito Policial de Heliópolis, avistamos mais de um ponto onde há tanto entulho que objetos saem da calçada e até invadem um pouco da própria via.
Sacomã também abriga a maior favela da cidade de São Paulo, Heliópolis. Portanto, a questão da habitação e as necessidades desta população merecem atenção da gestão municipal.
Kauane Rodrigues menciona que o acesso à água é limitado em partes de Higienópolis.
Kauane afirmou ainda que tem dificuldade para agendar consultas nas Unidades Básicas de Saúde. Ela disse que procura atendimento ginecológico, mas não consegue marcar consulta por falta de médicos.
Nos bairros Sacomã e Ipiranga, o tempo médio de espera por atendimento na rede básica de saúde é de 31 dias. Mais que a média da cidade, que é de 19 dias.
Muitos ouvintes também citaram a insegurança como um grande problema na região e exigiram mais iluminação pública.
Heliópolis, a maior favela de SP
A favela de Heliópolis é a maior da cidade de São Paulo e, aqui, foi importante para o crescimento da Central Única das Favelas, organização que nasceu no Rio.
As ações da CUFA incluem o auxílio na coleta de dados do Censo do IBGE e em projetos de capacitação populacional.
Marcivan Barreto, presidente da CUFA na Favela Heliópolis e no Estado de São Paulo, destaca que essas iniciativas potencializam oportunidades e oferecem aos moradores da favela a chance de transformar sua própria realidade.
Ele acredita que o Poder Público deve apoiar as iniciativas.
Marcivan também mencionou que existem projetos do próprio Poder Público que muitas vezes a população desconhece. Ele diz que também é necessário fornecer informações às pessoas.
Entre os projetos da CUFA em Heliópolis está um que visa viabilizar o retorno do sistema prisional por meio do trabalho de entrega de encomendas na região.
Outras iniciativas e parcerias com empresas como o setor privado também fazem parte das ações da CUFA em Heliópolis.
O desenvolvimento e urbanização da favela e do comércio local atrai até pessoas que não moram lá.
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