Além de ser condenado a mais de 30 anos em regime fechado, o acusado também terá que pagar indenização de R$ 50 mil aos familiares das vítimas. A decisão pode ser apelada. Tribunal de Justiça do Tocantins, localizado na ala norte da Praça dos Girassóis Divulgação/Vilma Nascimento Agricultora de 24 anos foi condenada pela morte de dois irmãos e tentativa de homicídio do amigo das vítimas em Pequizeiro, noroeste do Tocantins. Ele foi condenado a mais de 30 anos de prisão e deverá pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais aos familiares das vítimas. Cadastre-se no canal g1 TO no WhatsApp e receba as novidades no seu celular. Tanto a defesa como o Ministério Público podem recorrer da decisão do júri. O órgão ministerial poderá tentar aumentar o tempo de prisão fixado na pena. A defesa pode tentar anular o julgamento ou reduzir a pena. Os crimes aconteceram em outubro de 2022. Segundo o processo, o acusado estava em frente a um bar onde houve briga entre diversas pessoas. Após a confusão, ele se aproximou de Ailton da Silva Oliveira e o empurrou. A vítima reagiu e contra-atacou com golpes de faca na cabeça, pescoço, tórax e abdômen que causaram a morte da vítima no local. Maurício da Silva Oliveira, irmão de Ailton, tentou defendê-lo, mas foi esfaqueado no abdômen e também morreu no local. Segundo a ação, o réu tentou matar um amigo das vítimas, com golpes na virilha, quando tentava ajudar os irmãos. O agricultor confessou o crime e afirmou que se defendeu de empurrões e socos dos irmãos, mas foi encaminhado para julgamento no Tribunal do Júri no ano passado. A defesa tentou anular a decisão em abril deste ano do Tribunal de Justiça, mas os desembargadores mantiveram a decisão por julgamento popular. Os familiares das vítimas compareceram ao julgamento com faixas e camisetas alusivas ao caso nesta quarta-feira (26). Após a decisão dos jurados, o juiz Marcelo Eliseu Rostirolla, da 1ª Delegacia Criminal de Colméia, fixou a pena de 30 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado. O tempo total da pena levou em conta as duas mortes, a tentativa do terceiro homicídio e a concordância material, ou seja, quando o autor comete dois ou mais crimes, idênticos ou não na mesma ação. O MORE considerou, entre outros pontos, a consequência, como o facto de um dos irmãos falecidos ter deixado dois filhos pequenos e uma esposa em “desamparo material”. Considerou ainda que os jurados reconheceram que ele utilizou um recurso que dificultou a defesa das três vítimas, pois as atacou de surpresa. Também foi estabelecida uma indenização mínima por danos morais, no valor de R$ 50 mil para os familiares das vítimas. Segundo a decisão, cada familiar receberá o valor dividido proporcionalmente a um terço para cada vítima. O réu não poderá recorrer livremente. De acordo com a decisão, o agricultor respondeu à ação criminosa prendendo-o preventivamente e ainda permanecem os elementos que fundamentaram sua prisão. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
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