Em 25 de junho, a China tornou-se o primeiro país do mundo a trazer para a Terra amostras de rochas lunares extraídas do outro lado da Lua. Apenas três semanas após pousar no solo do nosso satélite natural, a sonda lunar chinesa Chang’e-6 regressou com a sua preciosa carga, posteriormente recuperada nas planícies da Mongólia Interior.
Acompanhado ao vivo pela TV, o pouso ocorreu às 14h07 no horário local (3h07 em Brasília). Após verificar a integridade da cápsula, membros da equipe de recuperação hastearam uma bandeira chinesa. A missão é mais um sucesso do país asiático em seu ousado projeto de exploração da Lua e de outras localidades do Sistema Solar.
Num e-mail enviado à imprensa ocidental, o geólogo Long Xiao, da Universidade Chinesa de Geociências, comemorou: “Este é um grande evento para cientistas de todo o mundo e um motivo de celebração para toda a humanidade”.
Qual a importância das amostras do outro lado da Lua?
Quando amostras de solo do outro lado da Lua estiverem disponíveis, os cientistas poderão compará-las com basaltos superficiais do hemisfério lunar próximo já trazidos para a Terra. A expectativa é que essas análises possam fornecer pistas de como a atividade vulcânica causou uma evolução diferente nas duas metades do nosso satélite natural.
Há também a expectativa de que, entre as amostras, haja conteúdos de áreas vizinhas, retirados por impactos de cometas e asteroides. Se estas colisões fossem suficientemente fortes, poderiam conter material escavado na crosta inferior e no manto da Lua.
Os investigadores procurarão pistas sobre quando e como a bacia de Aitken, uma enorme cratera de impacto, se formou no outro lado do satélite natural. Desta vez “mudou completamente a história geológica da Lua e foi também um momento crítico para a evolução da Terra”.explicou o geólogo lunar Yuqi Qian, da Universidade de Hong Kong, à agência Xinhua.
Quais são os próximos eventos previstos para a exploração da Lua?
A China planeja ter voos tripulados para a Lua até 2030.Fonte: Imagens Getty
Nos próximos anos, a China continuará a investir no pólo sul da Lua, para onde serão enviadas as missões robóticas Chang’e-7 e 8. Eles continuarão o trabalho dos seus antecessores na exploração ambiental, em busca de água e outros recursos que possam ser úteis para futuras missões tripuladas, planejado para 2030, que deverá abrigar ali uma base internacional.
O pólo sul lunar também está na mira da futura campanha Artemis da NASA, que tem sofrido sucessivos adiamentos devido a problemas técnicos. Apesar da reconhecida má vontade de Washington em relação à China, outros países como França e Paquistão contribuíram para Chang’e-6.
De acordo com o Dr. Xiao, “a exploração lunar é um esforço compartilhado entre toda a humanidade”. Em declarações à agência Xinhua, o geólogo apontou os Estados Unidos como uma das grandes nações exploradoras do espaço, tendo a China maior colaboração internacional.
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